Por Leandro Fortes, jornalista, no Facebook
Dentro do clima de pornochanchada que é essa aventura do Bozo no Palácio do Planalto, os áudios vazados por Gustavo Bebianno à Veja formam a trilha sonora dessa tragicomédia em que nos metemos, em nome do antipetismo.
Há um pouco de tudo.
“Meu capitão” é uma lamúria permanente e tóxica na conversa, forma subordinada e vil como Bebianno se refere ao chefe, a sinfonia de um lacaio tristonho, sem valor.
Bozo o despreza. Até para ele aquela bajulação sibilante, cheia de ressentimentos velados, é demais.
Bozo precisa se livrar dele, mas, claro, o teme.
Bebianno comandou o PSL durante as eleições. Sabe tudo sobre as fantasias de WhatsApp, o kit gay, as mamadeiras de piroca, o laranjal plantado para sugar recursos do Fundo Partidário e financiar a eleição de acólitos fascistas semeados no Congresso Nacional.
“Mas capitão, eu só fiz o bem”, desmancha-se Bebianno, um bebê chorão repetitivo, odioso.
Bozo o despreza. Precisa se livrar dele. Sabe que Bebianno quer colocar a “batata quente”, como ele mesmo fala, do laranjal no colo dele, presidente da República.
Protege Carluxo, não aceita insinuações contra o filho. Por fim, acusa o aliado de vazar notas na imprensa para pressioná-lo.
“Sei que você manda n’O Antagonista”, dispara, à queima roupa, o capitão.
O Antagonista, nascido e criado no ódio ao PT, à esquerda, ao povo. Um esgoto da extrema-direita disfarçado de jornalismo.
Bebianno, esse malandro chorão, manda lá.
Então, é o seguinte: a nação precisa acordar.
Essa gente tem que ser deposta e presa, nem que seja para averiguação