Publicado em Rede Brasil Atual –
Para o ator, produtor e diretor teatral, governo Temer sempre trabalhou para relacionar a “cultura com a marginalidade”
São Paulo – “Estamos há um mês sem ministro da Cultura e ninguém fala nada”, questiona o ator, produtor e diretor teatral Sergio Mamberti. Para ele, a ausência de um titular da pasta no Executivo mostra que o governo de Michel Temer, desde seu começo, trabalha para marginalizar a cultura no país. “O Ministério da Cultura, que durante o governo Lula, foi respeitado internacionalmente, hoje é um arremedo. O dono da maior livraria de São Paulo disse que não precisaria ter o ministério. Vivemos contradições bastante cruéis”, critica, em entrevista ao Linha Direta PT.
Desde o início de junho, o MinC está sem um ministro, quando o interino João Batista de Andrade pediu demissão, após o vazamento das gravações de Temer com o empresário Joesley Batista.
Ativista também no campo político, Mamberti diz que a troca de Temer pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), será mais do mesmo. “Estamos apenas trocando um ‘ditador’ pelo outro. Por isso lutamos por eleições diretas e que as pessoas possam escolher”, afirma.
Segundo Mamberti, o substituto de Temer, se vier a ser escolhido por eleição indireta, terá de trabalhar em prol dos interesses dos grandes empresários. “Tudo é uma peça de marketing. O Temer está caindo e agora estão apresentando um novo produto, o Rodrigo Maia, desde que ele cumpra as reformas estabelecidas pela elite. E ele também é um homem investigado“, diz.
Assista a entrevista completa: