Por Mario Marona, jornalista, Facebook
Cuidado com a linguística.
Cuidado com o estelionato ideológico.
Cuidado com a linguagem quinta-coluna.
Dois exemplos:
“ORCRIM” é expressão inventada pela direita para fazer crer que o PT e os partidos que o apoiaram no governo formaram uma grande organização criminosa, cujo único objetivo era o enriquecimento pessoal de seus dirigentes, a tal ponto que o partido foi acusado, no mensalão, de comprar os seus próprios deputados para votar naquilo em que sempre quiseram votar; e aquele que é apontado como seu chefe maior de ter se vendido por uma cobertura de 230 metros quadrados numa praia xexelenta e poluída do litoral paulista, quando poderia, se quisesse, ganhar um apartamento de luxo na Avenue Foch, em Paris.
“Marielle PRESENTE!” É manifestação que faz uso de uma expressão adotada pelos parentes, amigos e companheiros de luta dos opositores da ditadura militar que foram assassinados pelo regime; portanto, é oportunismo, falsificação histórica e abuso que seja usada, como aconteceu hoje, como manchete de um jornal que apoiou a ditadura, escondeu os crimes cometidos por ela, ofereceu ajuda aos torturadores, tentou impedir fraudulentamente a eleição de Brizola a governador, fraudou um debate entre Lula e Collor para eleger o seu candidato, derrubou Collor quando este não lhe interessa mais e, hoje, é um dos grandes responsáveis não apenas pelo golpe que derrubou o governo eleito de Dilma, como deve ser apontado, pelo seu conservadorismo histérico e grosseiro, como culpado pela intolerância e pela violência que contaminaram as relações sociais no país, nos últimos anos.
