No dia próximo dia 9 de junho, estudantes de todo o país promoverão manifestações contra os ataques de Bolsonaro à Educação e ao futuro da juventude.
Por Diretoria Executiva da AERJ – Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro, compartilhado de A Verdade
JUVENTUDE – Em nosso país, as necessidades do povo não são vistas como prioridade para o governo Bolsonaro. Estudantes e trabalhadores têm seus direitos mais fundamentais, como saúde, educação, moradia e segurança, negados, deixando claro o caráter antipopular do governo do ex-capitão.
A Educação tem sofrido diversos ataques vindos de Bolsonaro e seus aliados, que se mostram cada vez mais como inimigos da democracia e do ensino público de qualidade. O MEC foi um dos ministérios mais afetados pela política de contingenciamento e corte de verbas.
Para além dos R$ 348,5 milhões bloqueados que iriam para materiais didáticos, recentemente foram cortados mais 3,2 bilhões do orçamento do MEC, um corte que afetará diretamente os Institutos e Universidades Federais, CEFET’s e o Colégio Pedro II. A falta desse recurso impossibilita a manutenção da estrutura desses locais de ensino, o pagamento em dia das bolsas de auxílio estudantil e pode levar à demissão de diversos funcionários, além do fechamento da instituição.
Sem bolsas de assistência estudantil, muitos alunos se veem forçados a largar a escola para trabalhar e ajudar no sustento de casa ou vivem uma jornada exaustiva de trabalho e estudo, o que dificulta a permanência na escola e aumenta a desigualdade. Em 2021, a Direção Geral do CEFET/RJ já afirmava que os cortes reduziram o investimento em 72%; agora, em 2022, com novos cortes de verbas, a situação é ainda mais crítica.
Como se não fosse o suficiente, Bolsonaro e seus capachos tentam veementemente acabar com a democracia estudantil, após numerosos processos de intervenções na diretoria de diversas Instituições e Universidades. No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro tenta através de um decreto militarizar as FAETEC’s, sem consultar previamente os servidores e estudantes.
Nas escolas estaduais de ensino regular a situação é ainda mais precária: faltam professores e investimentos na infraestrutura e em diversas escolas falta até comida! A rede estadual é uma das principais vítimas da política de sucateamento do governo.
A escola é um espaço para trocar conhecimento, fazer amigos e construir o pensamento crítico. Mas garantir isso não é uma preocupação para o governo, já que nas últimas semanas o debate central de seus apoiadores fascistas era o homeschooling, um projeto que busca tirar os estudantes do ambiente escolar, afastando, em diversos casos, oportunidades de denuncias de abuso sexual, homofobia, transfobia e muitos outros sofrimentos que os estudantes estão sujeitos dentro de suas próprias casas. Além disso, a experiência dos estudantes na pandemia foi suficiente para entender que não é possível aprender integralmente, ter a socialização e a segurança necessária.
Só a luta pode mudar a nossa realidade!
Tudo isso, demonstra o quanto se torna essencial o papel do movimento estudantil organizado, a construção de grêmios e entidades estudantis que estejam comprometidas com a defesa da educação democrática e acessível. É necessário construir a luta dentro de cada escola, e é papel do grêmio estudantil organizar os estudantes nela, promovendo debates, assembleias, plenárias para discussão do assunto, ouvindo e pondo em prática as propostas vindas dos estudantes.
Diante da situação política educacional no nosso país, precisamos nos posicionar de forma firme e combativa! Queremos escolas democráticas, abertas para a comunidade escolar com direito pleno à liberdade de expressão, alimentação e estruturas de qualidade!
Por isso, é urgente retomar às ruas, da mesma forma que fizemos na ditadura e mais recentemente em 2019, promovendo gigantescas manifestações que possam impedir a retirada de mais direitos e barrar os planos de Bolsonaro.
No dia próximo dia 9 de junho, nos mobilizaremos em todo o país para mostrar a força do movimento estudantil por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Fora Bolsonaro!