Nova cepa tem uma alta “estabilidade ambiental” e pode manter o poder infeccioso por muito mais tempo no ambiente externo
Compartilhado de Catraca Livre
Pesquisadores da Universidade de Medicina da Prefeitura de Kyoto, no Japão, concluíram que a Ômicron é mais resistente no ambiente externo e pode sobreviver por mais tempo do que as cepas anteriores do vírus em superfícies plásticas e em pele humana.
O estudo, ainda não revisado por pares, comparou a capacidade de sobrevivência em superfícies do coronavírus original — encontrado em Wuhan, na China, no final de 2019 — e as variantes de preocupação Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron.
Crédito: Nopparit/istockÔmicron pode sobreviver por mais tempo do que as cepas anteriores do vírus em superfícies
Os testes em laboratório mostraram que a Ômicron pode sobreviver por até 21 horas sobre a pele e até 193 horas (o equivalente a oito dias) em superfícies plásticas.
Segundo os pesquisadores, essa alta “estabilidade ambiental” da Ômicron, ou seja, sua capacidade de permanecer infecciosa, pode ter ajudado a nova cepa substituir a Delta como a variante dominante e se espalhar mais rapidamente.
Sobrevivência na pele
Em amostras de pele de cadáveres, os tempos médios de sobrevivência do vírus foram de 8,6 horas para a versão original, 19,6 horas para a variante Alpha, 19,1 horas para Beta, 11 horas Gamma, 16,8 horas para Delta e 21,1 horas para Ômicron.
O estudo destaca, no entanto, que toda as versões do vírus foram completamente inativadas na pele após 15 segundos de exposição a desinfetantes para as mãos à base de álcool.
Crédito: Damircudic/istockÁlcool gel mata o vírus em 15 segundos aproximadamente
Dessa forma, os pesquisadores reforçam que “é altamente recomendável” manter as práticas de prevenção, como a higiene das mãos, conforme proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS).