Um dos maiores nomes do fotojornalismo do Brasil morreu no Rio, aos 88 anos, na última segunda-feira (4)
Por Carlos Vasconcellos, compartilhado de SeebRio
Um dos mais brilhantes nomes do fotojornalismo, Evandro Teixeira, morreu na última segunda-feira (4). Quase sempre trabalhando com imagens em preto e branco, Evandro foi premiado diversas vezes no Brasil e no exterior. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul e foi vítima de falência múltipla de órgãos em decorrência de complicações de uma pneumonia. Deixa a esposa, Marli, com quem esteve casado por 60 anos, duas filhas e três netas.
O corpo foi velado nesta manhã, na Câmara de Vereadores.
Um olhar singular
Nascido em Itajuba, interior da Bahia, em 1935, trabalhou no Diário da Noite e Jornal do Brasil, onde ficou por 47 anos. Tinha um olhar singular que contribuiu para denunciar as arbitrariedades da ditadura militar e para restaurar a democracia, registrando imagens marcantes do golpe militar de 1964 que derrubou o presidente João Goulart e a ocupação do Forte de Copacabana.
O fotógrafo Nando Neves, que trabalha para o Jornal Bancário, da imprensa do Sindicato do Rio e para diversas entidades sindicais e que é diretor do Sindicato de Jornalistas do Município, falou sobre a importância do colega de profissão.
“Evandro Teixeira será lembrado como um mestre da fotografia, com um olhar sempre atento aos acontecimentos, mostrando a história através das suas lentes. Suas fotos registraram momentos tristes da nossa história, como as da ditadura aqui no Brasil e no Chile. Evandro deixa um legado documental importante da nossa história e também uma legião de fãs do seu profissionalismo, carisma e sensibilidade”, destacou Nando.