Em 2019, Jullyene acusou Lira de receber “malotes de dinheiro” em propina, que eram escondidos “em todo o canto”. “As digitais são semelhantes e os padrões os mesmos”, afirmou após operação da PF.
Por Plinio Teodoro, compartilhado de Revista Fórum
Em guerra declarada contra o ex-marido desde a separação, em 2007, Jullyene Lins comemorou nas redes sociais a ação da Polícia Federal que apreendeu uma montanha de dinheiro em casas e cofres de aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta quinta-feira (1º), um dia após o deputado amargar derrota para Lula na votação da MP dos Ministérios.
Nas redes sociais, Julliyene divulgou vídeo do cofre lotado de dinheiro – onde também haviam comprimidos de Ciallys, medicamento para impotência sexual – e mandou recado para o ex-marido que, segundo ela, seria protegido no judiciário de Alagoas, estado onde tem seu nicho eleitoral.
“Quando às instituições funcionam os picaretas são pegos! Não cansarei de pedir intervenção no judiciário alagoano nos processos vinculados a Arthur Lira, fui testemunha de acusação no maior desvio de dinheiro público de Alagoas, as digitais são semelhantes e os padrões os mesmos”, escreveu.
“Ser mulher e mãe, é uma benção Divina, mas ser ex mulher de político covarde e agressor é triste! Já se passaram 17 anos, os filhos crescem, fazem as suas “escolhas??”, esquecem quem os pariu e criou e não percebem que essa violência um dia lhes cobrará muito caro! A verdade dói”, escreveu.
Em entrevista à Veja em 2019, Jullyene acusou Lira de acumular uma fortuna em propinas pagas quando era deputado estadual. Segundo ela, “o dinheiro chegava lá em casa em malotes. Ele escondia lá (no apartamento), escondia em fazendas, escondia em todo canto”.