Vídeo – IMAGENS FORTES – mostra corpo do vereador no chão após ser atingido por tiro na cabeça. Zezinho havia denunciado suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Jandira, na região metropolitana de SP.
Por Plinio Teodoro, compartilhado da Revista Fórum
Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (28), a direção da CUT São Paulo lamenta o assassinato do ex-vereador Reginaldo Camilo dos Santos, o Zezinho do PT, e afirma que o político que concorreu à vaga de deputado federal foi morto com tiros à queima roupa quando fazia campanha para Lula (PT) e Fernando Haddad (PT) pelas ruas de Jandira, município da região metropolitana da capital paulista.
“Segundo testemunhas, por volta das 17h, Zezinho conversava com moradores da região sobre as eleições de domingo, quando um homem armado saltou de um veículo e atirou à queima-roupa. O ex-vereador foi atingido na cabeça”, diz a nota da CUT, que “pede empenho da Polícia Civil na rápida apuração desse crime”.
“Não se podem desconsiderar possíveis motivações políticas, seja em face ao atual momento de ódio promovido no país ou por conta das graves denúncias que eram feitas pelo companheiro sobre a administração da cidade de Jandira. Aos familiares e amigos de Zezinho, nossos sentimentos e solidariedade. A luta e o legado desse companheiro jamais serão esquecidos. Zezinho, presente”, diz o texto.
Assassinato
Bancário do Brasdesco, Zezinho tinha 51 anos e foi assassinado na tarde desta sexta, dias após não conseguir se eleger deputado federal no primeiro turno das eleições.
Ele fazia campanha para Lula e Haddad na rua Francisco Tomás da Silva, em Jandira, quando um homem – que seria apoiador de Jair Bolsonaro (PL) – que estava dentro de um carro se aproximou e efetuou diversos tiros à queima roupa.
Zezinho era considerado a maior liderança petista da região de Jandira e vinha sendo cotado para concorrer à prefeitura da cidade em 2024.
Vídeo divulgado nas redes sociais – ATENÇÃO: IMAGENS FORTES – mostra o corpo do vereador já caído em cima de uma poça de sangue.
A polícia não descarta nenhuma hipótese, mas a suspeita inicial é de vingança política, motivada por denúncias recentes feitas por Zezinho de um suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Jandira.
Em entrevista, um homem que se identifica como irmão de Zezinho diz que “calaram a voz dele”.