Publicado em Brasil 247 –
O Alto Comando do Exército se reuniu nesta quarta-feira (19), através de videoconferência, para discutir as possíveis consequências da decisão do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que pode libertar condenados em segunda instância, incluindo o ex-presidente Lula; o caráter da reunião, segundo oficial ouvido pelo UOL, não foi “reativo, mas sim proativo”
247 – O Alto Comando do Exército se reuniu nesta quarta-feira (19), através de videoconferência, para discutir as possíveis consequências da decisão do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que pode libertar condenados em segunda instância, incluindo o ex-presidente Lula. O caráter da reunião, segundo oficial ouvido pelo UOL, não foi “reativo, mas sim proativo”.
À reportagem, dois generais ligados à cúpula do Exército disseram “que o momento atual é de ‘observação’. Ou seja, eles acreditam que a medida pode ser derrubada ainda nesta quarta-feira ou durante o plantão do Judiciário pelos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux (…). Um dos militares ouvidos hoje pelo UOL disse que o clima de tensão lembra o do início de abril, embora não seja exatamente igual”.
Lembrando que no início de abril o general Villas Boas se manifestou na véspera da sessão em que o Supremo Tribunal Federal manteve a prisão em segunda instância e selou o destino do ex-presidente Lula. Meses depois, Villas Boas falou a respeito.
“Eu reconheço que houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera do votação no Supremo da questão do Lula. Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática. Me lembro, a gente soltou [o post no Twitter] 20h20, no fim do Jornal Nacional, o William Bonner leu a nossa nota”, disse ele.