Inspetor, que participou das negociações, contou em depoimento que negociação contou com a colaboração do traficante de armas “Jesser”.
Por Plinio Teodoro, compartilhado da Revista Fórum
Exército e Polícia Civil do Rio de Janeiro negociaram com um “colaborador” do Comando Vermelho a devolução de parte das 21 armas roubadas no quartel general da Força em Barueri, na grande São Paulo.
As 4 metralhadoras .50 e outras 4 MAGs, calibre 7,62, que foram furtadas por militares foram encontradas dentro de um carro nas proximidades da comunidade Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro, após terem sido oferecidas à facção criminosa.
A negociação entre as forças de segurança e o CV foi contada em depoimento pelo inspetor Christiano Gaspar Fernandes, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, e divulgada nesta segunda-feira (11) por Guilherme Amado, no site Metrópoles.
Segundo o inspetor, foi usada uma tática de contrainformação e, com a anuência do Exército, forneceu ao integrante do Comando Vermelho informações sobre uma operação que aconteceria na Cidade de Deus, também na zona oeste do Rio, em troca das armas.
As armas então foram devolvidas no dia 19 de outubro, quando a polícia anunciou ter “encontrado” as armas.
Segundo o inspetor, as investigações apontaram o traficante de armas “Jesser”, o “Capixaba”, que passou colaborar nas tratativas para a devolução das armas.
Em 2 de novembro, outras duas metralhadoras foram “encontradas” pela polícia, mas ninguém foi preso novamente. No total, 19 armas do arsenal roubado foram encontradas: oito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e nove pela Polícia Civil de São Paulo.