Não foi informado onde os exonerados serão alocados. Entre os exonerados, há quem tenha incentivados protestos a favor do voto impresso
Por Renato Santana, compartilhado de Jornal GGN
O comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Miné, exonerou, na semana passada, mais de 170 oficiais com cargos variados de comando em quartéis de norte a sul do Brasil.
A decisão do comando do Exército está na Portaria 742, publicada no último dia 7 de junho. Não foi informado onde os exonerados serão alocados, na medida em que não foram colocados para fora do Exército.
Há certo alvoroço em alguns perfis militaristas na internet falam em “o maior expurgo militar da história”, o que não há dados para confirmar. Tampouco houve um pronunciamento do do comando.
Perfis bolsonaristas
Examinando alguns perfis de exonerados, nos deparamos com muitos ligados às pautas que culminaram nos atos golpistas de 8 de janeiro, com a invasão do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos exonerados, o tenente-coronel Milton Costa Neto, do 11º RC Mec de Ponta Porã (MS), compartilhou uma convocação para ato público a favor da PEC do voto impresso auditável.
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ALERTA
GGN recebeu a seguinte correção à matéria:
Sobre a reportagem que trata da exoneração de oficiais do Exército Brasileiro (EB), cabe aqui alguns esclarecimentos. Os oficiais do EB recebem comandos de unidades militares em todo território nacional. Durante cerca de dois anos, normalmente oficiais superiores Major, Tenente Coronel e Coronel), assumem esses comandos. São nomeados através do Informex , diário oficial da União, portarias etc.
Ao término dos dois anos ou até menos, é publicado as exonerações e os substitutos nomeados. Normalmente esses oficiais já estão cientes das unidades para onde serão transferidos. Naturalmente, são designados para servir em quartéis generais do Exército em todo território nacional. Portanto, trata-se de uma rotina que ocorre todo ano. Apesar de todo o engajamento de muitos comandantes nos atos de 8 de janeiro, com certeza essas exonerações não foram atos punitivos.
Att.
Nelson Jr Werneck Sodré