Operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, e da Polícia Rodoviária Federal na capital fluminense matou 26 pessoas
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247 – O Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, e da Polícia Rodoviária Federal realizaram na terça-feira (24) uma operação na Vila Cruzeiro, Penha, capital do Rio de Janeiro, que matou 26 pessoas. A ação foi considerada uma chacina.
De acordo com o procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Rodrigo Mondego, há indícios de execuções e tortura durante a operação. “Existe indícios de execuções, em algumas regiões. Indícios de que pelo menos uma pessoa foi torturada antes de ser morta, ontem. E existe indícios de mortos a facadas. Então, a gente está aguardando o desenrolar da perícia do IML para ver em que condições essas pessoas foram mortas”.
Na manhã desta quarta-feira (25), representantes da OAB-RJ e da Defensoria Pública foram enviados à região do confronto. Ouvidor-geral da Defensoria Pública, Guilherme Pimentel, foi à favela conversar com moradores. “A gente veio aqui com moradores, lideranças. A gente está escutando o que eles têm a dizer. Eles vieram aqui nos mostrar a área onde tudo aconteceu e isso faz parte da nossa apuração para que a gente consiga prestar o melhor serviço para a população, principalmente para as famílias afetadas”.
A operação na Vila Cruzeiro é considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro, atrás somente da ação no Jacarezinho, de maio de 2021, que resultou em 28 mortes.