Compartilhado de Viomundo –
O ministro Edson Fachin sinalizou, hoje, qual é o golpe que pretende perpretar no dia 14 de abril, quando o plenário do Supremo Tribunal Federal vai analisar sua decisão monocrática de anular os quatro processos contra o ex-presidente Lula em Curitiba.
“Não seria inusual o plenário derrubar o entendimento da turma. Portanto, no dia 14, os onze ministros vão decidir se o fato de o relator ter declarado a incompetência de Moro para julgar Lula em Curitiba invalida toda e qualquer deliberação que tenha sido tomada depois pela turma. Se decidir que houve, a suspeição de Moro fica sem efeito”, afirmou ele à revista Veja.
Se isso de fato acontecer, os processos contra Lula seriam retomados no Distrito Federal com todas as provas já colhidas pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Neste caso, é possível que num julgamento acelerado o ex-presidente fosse condenado em duas instâncias nos casos do triplex do Guarujá e no do sítio de Atibaia, tornando-se mais um vez inelegível.
Além disso, com a anulação da decisão da Segunda Turma que considerou Moro suspeito, o ex-juiz federal, embora com o prestígio abalado, poderia retomar sua candidatura ao Planalto em 2022, além de serem mantidas as outras decisões dele em processos da Lava Jato em Curitiba.
Na Segunda Turma, três juizes votaram pela suspeição de Moro e dois contra.
O deputado federal Paulo Pimenta escreveu artigo em que fala do árduo caminho que Lula terá de enfrentar para chegar a 2022, assim como o jornalista e analista político Breno Altman, em entrevista ao Viomundo, salientou que o ex-presidente sempre enfrentou dificuldades em suas campanhas.