Publicado no Portal CONTEE –
A subutilização da força de trabalho e a informalidade continuam batendo recordes no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE.
No trimestre encerrado em setembro faltou trabalho para 27,5 milhões de brasileiros e entre os que estavam trabalhando no período, 38.806 milhões, o equivalente a 41% do total, eram informais, segundo o IBGE.
Entre os sem trabalho, 12,5 milhões (11,8%) estavam desempregados, mas mantiveram a esperança e procuraram emprego entre os trimestres encerrado em junho e setembro; 4,7 milhões entraram na categoria dos desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego depois de muito tentar e não conseguir; e 7 milhões trabalham menos horas do que gostariam
Confira os números da subutilização:
12,5 milhões estão desempregados
4,7 milhões são desalentados (desistiram de procurar emprego)
7 milhões trabalham menos horas do que gostariam
3,1 milhões fazem parte da força de trabalho potencial (estão disponíveis, mas não podem assumir uma vaga por algum motivo)
Subutilizado é o grupo que reúne os desempregados, os subocupados – pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais -, e os desalentados – pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos, entre eles, por achar que não vai conseguir.
População ocupada tem recorde puxado por informalidade
A população empregada chegou a 93,8 milhões no trimestre encerrado em setembro, um recorde na série histórica que teve início em 2012, mas a maioria dos novos postos de trabalho é informal. Em setembro, o país tinha 38.806 milhões de trabalhadores e trabalhadoras atuando na informalidade. O número representa 41% do total de trabalhadores empregados.
Confira os números da informalidade:
11,838 milhões de empregados no setor privado sem carteira assinada
4,536 milhões de trabalhadores domésticos sem carteira assinada
19,504 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ
801 mil empregadores sem CNPJ
2.127 mil trabalhadores familiares
O grupo de trabalhadores informais inclui os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).
Mais dados no site do IBGE.