Família Teles, que condenou Ustra, ídolo de Bolsonaro, como torturador, recebe ameaças depois de denunciar candidato; veja vídeos

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Publicado em Viomundo – 

Parentes e amigos da família Teles, que condenou o coronel Carlos Alberto Ustra na Justiça como torturador — não cabe mais recurso — estão fazendo uma campanha de solidariedade.

É que Amelinha Teles tem recebido ameaças desde que apareceu no programa eleitoral do PT contando o que viveu.

Ela, o marido e a irmã — grávida de sete meses — foram levados à rua Tutóia, em São Paulo, onde funcionava o centro de torturas da Operação Bandeirante, financiado por empresários e comandado por Ustra.




Os dois filhos de Amelinha, de 5 e 4 anos de idade, foram sequestrados e levados à OBAN, onde viram os pais destroçados — uma forma de tortura psicológica para fazê-los falar.

A família apareceu na série As Crianças e a Tortura, premiada em 2013 com o Prêmio Esso de Telejornalismo (ver abaixo).

Além disso, à época Amelinha deu um depoimento exclusivo sobre as ações de Ustra que testemunhou (ver abaixo).

Há indícios de que a propaganda do PT sobre tortura tirou votos de Bolsonaro entre eleitores cristãos.

O candidato neofascista recorreu ao TSE e conseguiu retirar a propaganda que trazia cenas reconstituídas de tortura.

Porém, a campanha de Fernando Haddad voltou ao tema em outras peças, provavelmente com base em pesquisas qualitativas.

O tema é tão desconhecido dos eleitores que encenações de artistas feitas nas ruas chocaram transeuntes.

Foi no “Dia da Verdade – para o Brasil não ser manchado de sangue”, que teve ações em Salvador, Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Natal.

O Sul21 descreveu em detalhes o evento realizado em Porto Alegre.

Além de se declarar favorável à tortura mais de uma vez, no passado, Bolsonaro dedicou seu voto na abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, ao torturador Ustra.

O neofascista afirmou que pretende levar o Brasil de volta a um passado ideal, de 40 a 50 anos atrás, que coincide com o período em que a ditadura militar instaurou o Ato Institucional número 5, que resultou na cassação de mandatos, intervenção em estados e municípios e suspensão das garantias constitucionais.

Foi a partir do AI-5 que a tortura foi praticamente institucionalizada como política do Estado brasileiro.

Diante da importância do tema, o Viomundo autoriza o download, a edição e a disseminação dos vídeos com declarações sobre Ustra de Amelinha Teles, Ivan Seixas e do ex-deputado Adriano Diogo, que se encontram neste link.

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