Compartilhado de Conversa Afiada –
O telespectador não engole a ladainha do “empreendedorismo”…
Foi um elogio ao “empreendedorismo”.
Não se preocupe! Basta ter força de vontade e… Empreender!
O amigo navegante sabe, entretanto, que aquilo que o PiG chama de “empreendedorismo”, na verdade, é uma forma de romantizar o trabalho precário, sem carteira assinada, às margens da lei.
De acordo com o IBGE, o Brasil possui hoje 38,8 milhões de trabalhadores informais – 41% da população ocupada.
Aproximadamente 75% das novas vagas de trabalho geradas desde agosto de 2018 são informais: o subemprego, os bicos, as vagas sem salário fixo, os vendedores de pano de prato nos semáforos…
Dez milhões desses “empreendedores” ganham menos de um salário mínimo.
São as vítimas da “modernização” da legislação trabalhista.
Da uberização…
Após a reportagem, como de costume, a produção do programa selecionou alguns comentários de telespectadores sobre o assunto.
São publicações feitas pela audiência, no Twitter.
O primeiro comentário, entretanto, certamente foi algo que a direção do Fantástico não esperava:
“Como romantizar a falta de emprego? Chamando de “empreendedorismo”! Só é empreender quando existem oportunidades para todos no mercado de trabalho e empreender é uma escolha!”, afirmou o telespectador João Paulo.
E, com isso, vingou milhões de brasileiros da ladainha neoliberal do “empreendedorismo”…
Em tempo: o apresentador Tadeu Schmidt engasgou ao ler a resposta do João Paulo…