Por Gustavo Aranda em Jornalistas Livres –
O fato ocorreu após o ato na Av. Paulista que pedia a prisão de Lula, por volta das 22:30hs da última terça-feira, 3 de abril, um homem, que pediu para não ser identificado, foi espancado e recebeu várias descargas com arma de choque, depois de uma discussão política, nas dependências da padaria Bella Paulista, localizada na rua Haddock Lobo, em São Paulo (SP).
Ele relata que as agressões aconteceram após perguntar a uma integrante do grupo fascista de extrema-direita “Direita Brasil”, que participou do ato na Avenida Paulista, para pedir a prisão de Lula, se a manifestação era contra a corrupção e se incluía Aécio Neves e o governo Temer.
O grupo partiu para cima da vítima aos gritos de “petista” e “petralha”, até que um dos integrantes disparou um choque com arma portátil Taser, que o derrubou, quebrando os vidros do balcão de atendimento. Em seguida, começaram a chutar, pisar e disparar outros choques, enquanto o homem se debatia no chão da padaria.
Funcionários e seguranças do estabelecimento intercederam e acudiram o cliente que logo se restabeleceu. Uma das agressoras passou a dizer que o homem a havia agredido enquanto se contorcia no chão. Ela ameaçou chamar a polícia, que de fato foi acionada por ambos.
Durante o ataque, o fone de ouvido e a carteira do homem agredido foram subtraídos, mas após intervenção de um dos integrantes, os objetos foram devolvidos.
Antes que a polícia chegasse, o autor dos disparos dos choque fugiu. Segundo a vítima, o agressor “é figura conhecida, foi durante meses o líder do acampamento que ficava em frente à FIESP durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff”.
Ele afirma que “a polícia não terá dificuldades em identificá-lo, basta que solicite as imagens do circuito de segurança da padaria”. Ainda segundo a vítima, o suspeito era baixo, careca e estava com uma camiseta azul com a inscrição “Direita Brasil”.
Felipe Ferreira, jornalista do site de extrema direita Jacaré de Tanga, testemunhou e gravou todo o ocorrido, mas teria relatado ao homem agredido que nada publicaria, pois havia percebido que a violência partira do grupo fascista.
Quando chegou ao local, a polícia ouviu relatos dos envolvidos, mas se recusou a fazer a revista do bando, que segundo a vítima, portava mais de uma arma de choque que foi usada contra ele.
Um boletim de ocorrência foi registrado no local, sem que vítima e autores da agressão fossem conduzidos à delegacia.
O homem espera que o grupo, de seis ou sete pessoas, seja identificado para entrar com queixa crime de lesão corporal grave contra os autores do ataque.