Celebro hoje o Dia do Trabalho e, consequentemente, o Dia do Trabalhador. Uma data de luta. Tempo de pausa para repensarmos a sociedade que pretendemos, e a importância da atividade laboral para alcançá-la.
POr Adriana do Amaral, compartilhado de seu Blog
Sempre penso, nos dias 1o. de Maio, naqueles que estão fora do mercado de trabalho, seja ele formal ou informal. Principalmente, nos desalentados, que desistiram na busca sucumbindo à sequência de nãos.
Também reflito sobre o meu papel de mulher e mãe e formadora de opinião trabalhadora. Não, não estou satisfeita, mas orgulho-me de cada trabalho realizado.
Nascida numa família de comerciantes, o trabalho foi algo natural para mim -e meus irmãos. Tão logo aprendíamos a andar e falar assumíamos o nosso pequeno posto no balcão e atividades afins. Que bom que foi assim.
Com o meu pai aprendi a respeitar o trabalhador e o seu trabalho, com minha mãe que não há recompensa sem esforço. Minha casa não tinha fachada, tinha portas de ferro. Não tinha jardim, tinha prateleiras.
Mas, eu queria ir além… Fui estudar, e descobri que nunca se estudou o bastante. E continuo a fazê-lo na certeza do trabalho a ser feito.
Neste 1o de Maio de 2024 eu festejo o governo popular, que resgatou a nossa democracia. Apesar de tanta dificuldade pelo que o Brasil se tornou. Poderíamos estar melhor, nós trabalhadores, não fosse a desconstrução de direitos que, vertiginosamente, desde o golpe de 2016, foi nos ceifando do conquistado.
Feliz da vida, hoje, respiro aliviada. Nem quero pensar como teria sido diferente se o rumo da História recente do nosso país tivesse sucumbido aos golpistas.
Sinto-me privilegiada por ser representada por um presidente trabalhador. A história pessoal de Lula o dignifica, da infância aos dias atuais.
Inspira-me a continuar resistindo, lutando e divulgando a luta por direitos trabalhistas. Motiva-me a continuar me expondo pessoal e nas mídias ao defender os ideais que acredito. Aguça-me a olhar para outros universos laborais, que precisam ser incluídos.
Dedico este 1o de Maio aos migrantes, à mulher imigrante, aos refugiados, aos cidadãos do mundo que buscam um lugar para chamar de seu nesse Brasil.
Agradeço aos aposentados, pelo que foi realizado e solidarizo-me com aqueles que estão trabalhando e, se a lei for cumprida, receberão dobrado.
Torço pelo jovens, para que eles entendam que empreendedorismo, na maioria das vezes, é sinônimo de precarização, exploração e abandono. Como Gramsci, eu realmente odeio os indiferentes.
Vida o trabalhador brasileiro!
Não há inteligência artificial que substitua as pessoas. Afinal, a máquina foi criada por alguém.