Fliv-Rio destaca produção literária, política e cultural, priorizando a chamada literatura de resistência
Compartilhado de Brasil de Fato
Na foto: Ao todo, mais de 40 editoras participam do Fliv-Rio neste ano oferecendo preços e condições especiais que podem chegar a 30% de desconto nos livros - Foto: divulgação
A segunda edição do Festival do Livro do Rio de Janeiro (FLIV-Rio) começa em 5 de outubro (quinta-feira da próxima semana) no Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sinttel-Rio), no bairro Maracanã, na zona norte da capital fluminense. O evento se estende até sábado (7) com lançamentos de livros e debates sobre temas como desigualdade social, mundo do trabalho, controle de plataformas digitais e bolsonarismo.
Entre os presentes está o escritor Cesar Calejon, que lançará, no sábado (7), às 14h, o livro “Esfarrapados: Como o elitismo histórico-cultural moldou as desigualdades no Brasil”. Na ocasião, haverá um debate com o juiz Rubens Casara e a deputada estadual Verônica Lima (PT). Durante a roda de conversa, o escritor e jornalista pretende abordar assuntos atuais, como o privilégio de classe que envolveu o ato obsceno de alunos de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) durante um jogo de vôlei em abril deste ano.
A FLIV-Rio contará também com a presença do jornalista Franklin Martins, que fará uma palestra na sexta-feira (6) sobre quem “descobriu” o Brasil. No mesmo dia, haverá um debate sobre os 80 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Já a extrema direita será pautada no sábado (7), às 16h, pelo pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e especialista em bolsonarismo, João Cezar de Castro Rocha, e pelo jornalista Fernando Drumond.
O Festival destaca a produção literária, política e cultural, priorizando a chamada literatura de resistência, promovendo títulos e autores que se coloquem em defesa da democracia. Serão mais de 40 editoras oferecendo seu acervo com preços e condições especiais que podem chegar a 30% de desconto.
“Mais do que uma honra, é um dever cidadão manter um espaço aberto para que se possa debater o Brasil de ontem, de hoje e para o futuro. O FLIV-Rio é esse palco para congregar o pensamento progressista e manter unidos academia, movimento sindical, ativismo, toda a sociedade civil, deixando a produção literária guiar a discussão”, afirma Francisco Izidoro, idealizador do evento e diretor do Sinttel-Rio.
Sobre o FLIV
O Festival do Livro do Rio de Janeiro (FLIV-Rio) foi pensado para ser um espaço de lançamento, divulgação e debate amplo e diverso sobre a produção literária, política e cultural, com destaque para títulos que abordem a temática progressista, a chamada literatura de resistência, em defesa da democracia.
A proposta é que o FLIV-Rio seja um encontro anual de reflexão sobre a conjuntura do país e do mundo, promovendo o contato entre leitores/as, autores/as e pensadores/as que estejam contribuindo com a análise do panorama político e social atual, assim como as propostas de reestruturação e fortalecimento do Brasil.
Além do Sinttel-Rio, participam da organização do festival o Sinpro-Rio (Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).