Por Marco Antonio Araujo, via João Lopes –
Não tenho um pingo de dó da Miriam Leitão. Eu, pessoalmente, seria incapaz de hostilizar quem quer que fosse, mas é preciso ser coerente: figura pública responde pelo que semeia.
José Dirceu, recentemente, foi do Paraná a Brasília de carro por quê? Porque sabe o que o aguardaria num voo comercial. Não vi ninguém da GloboNews lamentar pelo ex-ministro. Pelo contrário, lembro-me bem da mesma jornalista e seus colegas de estúdio sendo sarcásticos naquela ocasião.
Eduardo Cunha foi esculachado num saguão de aeroporto por uma senhorinha bem saliente – uma, e apenas uma, senhora indignada (vejam só como o mundo pode ser injusto).
Não encostaram a mão, preservaram a integridade física? Vida que segue, sem vitimismo blasé. Absurdo é ser agredido na rua por portar bandeiras ou camisa de determinada cor – sem poder contar com selfies ou proteção policiais em manifestações.
Só torço para que jornalistas que propagaram o ódio, a mentira e a persecução a um único partido não sejam agredidos em salas de espera de hospitais, velórios ou restaurantes (diante dos filhos pequenos). Aí, sim, é muita crueldade.
O que não dá mesmo é pra achar que depois de anos de porrada não ia haver um revide sequer – ainda por cima tão ridículo e idiota, vamos combinar.
PS: Ah, e quantas vítimas da intolerância têm uma coluna num dos maiores jornais do país para expor sua dor, oh, lancinante?