Todo final de ano, lá vinha o “bordão” para os pais não “esquecerem a minha Caloi”. Pois, aqui vemos que um Caloi foi esquecido e ele luta pela justiça do reconhecimento. Leiam esta que pode ser mais uma crônica de Natal.
Compartilhado do DCM, de Paulo Sampaio no Tab do UOL.
Já que nenhum dos sete irmãos do assistente financeiro Fábio Milantoni Caloi fez a gentileza de, ao longo dos anos, lhe puxar uma cadeira e oferecer um café, ele decidiu assumir sem reservas o papel que todos lhe atribuíam — o de pedra no sapato.
“Quero o que me cabe. Não vou desistir. Nem que eu leve 100 anos. O que eles [os irmãos] fizeram, ignorar uma pessoa, abandonar mesmo, tipo ‘quero você distante’, sem nem conversar, isso não se faz”, diz Fábio, 41.
Ele se refere à parte que, no seu entender, lhe é devida do patrimônio da empresa que seu pai, Bruno Antônio Caloi (BAC), assumiu em 1955, fez prosperar e transformou em uma gigante. No auge, depois de inaugurar uma fábrica na Zona Franca de Manaus, vendiam-se 2 milhões de unidades por ano.
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Morto em 2006, BAC reconhecia oficialmente duas famílias; em São Paulo, com Iracy Ambrósio Caloi, teve cinco filhos —- Bruno Júnior (Tito), Ricardo, Mara Hilda, Marília Amélia e Maricy; no Rio, com Leila de Castro, teve duas meninas: Bruna e Giselle. Bruno Caloi e Iracy nunca se divorciaram. As duas mães de seus filhos já morreram.
Fábio é tido como um “filho fora do casamento”. Sua mãe, morta em abril aos 75 anos, era a secretária Eunice Milantoni, que trabalhava na Caloi e engravidou de BAC em 1978.
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