Publicado em Brasil 47 –
Durante apresentação na noite dessa sexta-feira, 24, o cantor Russo Passapusso, vocalista da banda Baiana System, decidiu trazer o debate político para o desfile de seu trio na Barra-Ondina; arrastando uma multidão em torno do trio elétrico, Russo entoou gritos de ordem como “machistas, fascistas, não passarão”, devidamente acompanhados pelo público; no fim, o artista gritou “Fora, Temer”, sendo novamente acompanhado pelo público diversas vezes. O protesto da banda Baiana System aconteceu quando algumas emissora de TV estavam ao vivo; na mesma noite, no Pelourinho, o cantor e compositor Caetano Veloso participou, de surpresa, do show em homenagem aos 50 anos do Tropicalismo; ele encerrou o show com um “Fora, Temer!”, acompanhado pela plateia
Durante apresentação na noite dessa sexta-feira, 24, o cantor Russo Passapusso, vocalista da banda Baiana System, decidiu trazer o debate político para o desfile de seu trio na Barra-Ondina.
Arrastando uma multidão em torno do trio elétrico, Russo entoou gritos de ordem como “machistas, fascistas, não passarão”, devidamente acompanhados pelo público.
No fim, o artista gritou “Fora, Temer”, sendo novamente acompanhado pelo público diversas vezes. O protesto da banda Baiana System aconteceu quando algumas emissora de TV estavam ao vivo.
Detalhe: Michel Temer encontra-se na Bahia, passando o feriado de carnaval com a família na base naval de Aratu. Um esquema de segurança especial foi montado para evitar que sejam feitas fotos de Marcela Temer em trajes de banho (leia mais).
Caetano Veloso puxa Fora Temer e público acompanha
Uma multidão ao Centro Histórico de Salvador, na noite desta sexta-feira (24), durante show em homenagem aos 50 anos do Tropicalismo. O ponto alto do show foi durante a canja surpresa de Caetano Veloso na apresentação de Gilberto Gil, encerrou o show com um “Fora, Temer!”, acompanhado pela plateia.
Caetano Veloso não estava programado, oficialmente, para a noite, por “não gostar de tocar no Carnaval”. Apesar disso, Caetano esteve no local e fez uma participação no show que abriu a noite – antes de Gilberto Gil – ao lado dos músicos Alexandre Leão, Cláudia Cunha e Moreno Veloso – filho de Caetano.
Ovacionado pela plateia emendou um “Fora, Temer!” no fim da apresentação que foi imediatamente correspondido pela multidão que tomava o Pelourinho. O cantor tropicalista arrancou aplausos do público ao cantar Alegria Alegria, uma das músicas mais conhecidas da sua carreira e que marcou o início do Tropicalismo, em 1967.
“Eu agradeço muito pela parte que me toca, nem me organizei para tocar, mas vim. Dei uma passadinha porque eu adoro carnaval e tenho orgulho do Tropicalismo. Meu filho vai tocar e Gil vai cantar e pronto, tá perfeito”, disse Caetano, antes de subir ao palco.
Gilberto Gil também foi ovacionado pelo público baiano e visitantes de todo o mundo no maior ponto turístico de Salvador. Gil abriu o show lembrando a importância de celebrar o Tropicalismo e a tradição musical, puxando, em seguida, a canção Soy Loco Por Ti America, fruto da parceria Gil/Capinam e interpretada, primeiramente por Caetano Veloso. Dando continuidade ao repertório, Gil apresentou outras músicas, como Marginália II, Domingo no Parque e Toda Menina Baiana.
“Gil é um ícone da música popular brasileira, um dos mais extraordinários músicos e, inclusive, é do interior da Bahia e filho de conquistenses, como eu. A Tropicália foi muito importante na abertura da música para novos elementos. Desde a adolescência que Caetano e Gil são referências na minha casa”, diz o autônomo de Vitória da Conquista (BA), Élvio Magalhães.
Após a participação de Gil, Moreno Veloso deu continuidade à apresentação, executando, ao lado de Cláudia Cunha, músicas em homenagem ao Olodum e ao Ilê Aiyê.
Ainda sobre o destaque do Tropicalismo no Carnaval do Pelourinho e a importância do movimento para a cultura brasileira, sobretudo na Bahia, Caetano Veloso também admitiu uma influência recíproca entre o carnaval e o movimento da Tropicália.
“Houve estímulo de muitas coisas no carnaval baiano, pelo ato dos tropicalistas. Mas não haveria tropicalismo se não houvesse o trio elétrico. A canção Atrás do Trio Elétrico, que é uma das primeiras canções tropicalistas, foi feita por causa do carnaval da Bahia e encorajou o uso da guitarra elétrica fora e dentro do carnaval”, disse Caetano, ao ser questionado sobre a influência do tropicalismo no carnaval de Salvador.
O restante da noite foi recheado de cultura e uma rápida chuva, ao som de projetos e bandas, entre elas, Carnaval Sinfônico, Orquestra Popular de Maragojipe, Retrofolia, Compassos & Serpentinas, Banda Marcato, Walmir Lima, Mestre Nélito e os Vendavais. (Via Portal Vermelho)