O BRICS é um agrupamento formado por onze países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas.
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O que é o BRICS?
O BRICS é um agrupamento formado por onze países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas.
Os objetivos do BRICS incluem fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros, bem como promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional. O grupo busca melhorar a legitimidade, a equidade na participação e a eficiência das instituições globais, como a ONU, o FMI, o Banco Mundial e a OMC. Além disso, visa impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável e promover a inclusão social.
História e Origem
O acrônimo BRIC foi concebido, em 2001, por um economista do banco de investimentos Goldman Sachs em reconhecimento ao dinamismo de crescimento econômico de Brasil, Rússia, Índia e China.
O BRIC como foro de cooperação e de concertação foi criado por iniciativa política dos governos dos seus países fundadores. Seu objetivo inicial era dialogar sobre grandes temas da agenda internacional e fortalecer politicamente suas posições comuns, a fim de democratizar, legitimizar e equilibrar a ordem internacional.
A primeira reunião do BRIC ocorreu em nível de Ministros das Relações Exteriores em 2006, às margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. A primeira reunião de Cúpula de Chefes de Estado ocorreu em 2009, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia.
A partir da crise financeira de 2008, os então quatro países buscaram atuar de forma concertada, no âmbito do G20, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, com propostas de reforma da governança econômica e financeira internacional, de modo a refletir o aumento do peso relativo dos países emergentes na economia mundial.
Com a incorporação da África do Sul em 2011, o “S” foi acrescentado ao acrônimo original, na primeira expansão do agrupamento. Em 2023, na Cúpula de Joanesburgo, definiu-se a segunda expansão do grupo, com a adesão de seis novos membros.
Ao longo dos últimos anos, o BRICS permaneceu como mecanismo informal de coordenação, sendo sua presidência exercida de forma rotativa entre seus membros. Sua atuação desenvolve-se tradicionalmente em torno de três pilares: 1) política e segurança; 2) economia e finanças; e 3) P2P (“people-to-people”), ou sociedade civil.
Atualmente, o BRICS é composto por onze países membros: seus cinco membros originais – África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia -, e seis novos membros – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Países Membros
Atualmente, o BRICS é composto por onze países membros: seus cinco membros originais – África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia -, e os seis novos membros admitidos em 2024-25 – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. O agrupamento foi primeiramente composto por Brasil, Rússia, Índia e China em 2006; a África do Sul aderiu em 2011; a nova expansão, efetivada em 2024, derivou de mandato da Declaração de Joanesburgo, de agosto de 2023.
Países Parceiros
De acordo com o mandato da Declaração de Joanesburgo, os líderes aprovaram a criação da categoria de país parceiro do BRICS, durante a Cúpula de Kazan, em 2024. São países parceiros do BRICS: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Organizações Internacionais Convidadas
Novo Banco de Desenvolvimento (NDB)
Como se define a presidência do BRICS?
A presidência do BRICS é rotativa e segue as letras do acrônimo. Em 2025, a presidência do BRICS está sob o comando do Brasil. Até o momento, o país que preside o BRICS segue a ordem do acrônimo, cuja presidência se dá anualmente com início em 1º de janeiro e término em 31 de dezembro de cada ano. Com a recente adesão de novos membros, será discutida nova fórmula de rotatividade.
As presidências pro tempore definem as prioridades da agenda e organizam a cúpula anual do agrupamento. A presidência brasileira do BRICS terá foco em reforma da governança internacional e cooperação do Sul Global.
Quais as categorias de participação no BRICS?
Membros e Parceiros
Há duas categorias de participação no BRICS: membros e parceiros. Os onze membros – África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Índia, Irã, Indonésia e Rússia – participam de todas as reuniões, em que o processo decisório baseia-se no consenso.
A discussão sobre a modalidade de país parceiro decorreu de mandato da Declaração de Joanesburgo, e sua criação foi anunciada na Cúpula de Kazan, em outubro de 2024. Normalmente, os parceiros são convidados a participar da Cúpula de Chanceleres e de Líderes do BRICS, mas podem estar presentes em outras reuniões se houver consenso entre os membros.
Ao longo de 2024, mais de 30 países externaram interesse em participar do BRICS, quer na qualidade de membros, quer de parceiros.
Outras modalidades de engajamento: BRICS “Outreach” X BRICS “Plus”
Outras modalidades de participação em reuniões do BRICS incluem o “BRICS Outreach”, lançado pela África do Sul em 2013, e o “BRICS Plus”, lançado pela China em 2017.
O BRICS “Outreach” é a reunião entre países membros do BRICS e aqueles países da região do titular da presidência de turno do agrupamento que foram convidados a esta reunião.
BRICS “Plus” é a reunião entre países membros do BRICS e aqueles países convidados que não são da região do país de presidência de turno do BRICS.