Por Leandro Fortes, jornalista, no Facebook –
Esse fundo de 2,5 bilhões de reais criado pela República de Curitiba não é apenas ilegal, é uma associação criminosa para tomada do Estado por uma casta que, com a Lava Jato, colocou-se acima da Constituição.
Trata-se de apropriação privada de recursos da Petrobras – portanto, públicos – recuperados no exterior, com base em um documento pomposamente nomeado de “acordo de assunção de compromissos” firmado entre o Ministério Público Federal e a estatal de petróleo. A gestão da grana ficará por conta de uma fundação capitaneada pela Força Tarefa Lava Jato, seja lá o que isso signifique.
O tal acordo, segundo o documento, terá que ser submetido à homologação da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a cidadela judiciária de Sérgio Moro e seus acólitos do Ministério Público, alçada ao status de reino independente, sem que ninguém no resto do Brasil fosse avisado.
Na cláusula segunda do documento, intitulada “Dos compromissos da Petrobras”, é possível entender o formato Caracu do acordo, cabendo ao MP a Cara, bem entendido.
Está escrito, lá, com todas as letras: “A PETROBRAS não terá qualquer responsabilidade, ingerência ou prerrogativa na constituição, manutenção ou composição da fundação, desonerando-se de sua obrigação pecuniária com seu pagamento”.
Ou seja, a estatal entra só com a grana, enquanto os príncipes de Curitiba cuidam de gastá-la sem fiscalização nenhuma, nem da Petrobras, nem do Tribunal de Conta da União, nem muito menos da sociedade.
É um escândalo sem precedentes na História do Brasil.