Por Antonio Vergueiro* –
O futebol feminino vem crescendo cada vez mais, com mais times, mais seleções, melhores jogadoras. Um futebol mais técnico, mais organizado, mais irreverente, mais habilidoso. Já foi o tempo em que a Marta reinava sozinha em uma corte vazia. Hoje existem várias “Martas“, cada uma reinando em seus respectivos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, Carli Lloyd (eleita melhor jogadora de 2015) reina ao lado de outras jogadoras como Hope Solo, a lendária e linda camisa número um americana.
Fico impressionado com a quantidade de garotas aqui na minha escola, em Los Angeles, que jogam futebol ou soccer, como é chamada aqui esta modalidade esportiva.
São centenas de latinas, norte-americanas, asiáticas, magras, gordas, novas e velhas. Para se ter noção, o time feminino de soccer da escola conta com 22 jogadoras no time principal, (time esse que disputa a liga inter-escolar da elite), e mais 22 que são a base, que disputam um campeonato inter-escolar junto com outras bases de outras escolas.
Isso mesmo, são 44 jogadoras. E essas são só as que foram selecionadas nas peladas, nos recreios e nos tempos livres. Tem, ainda, mais de uma centena de jogadoras chutando, passando e cruzando bolas que não foram selecionadas.
O futebol feminino está crescendo tanto que a EA, produtora gráfica do jogo FIFA, já criou um jogo de videogame para Playstation, Xbox, Pc. Inovou, disponibilizando a modalidade na edição de 2016, com jogadoras rápidas, habilidosas, bonitas e uma “jogabilidade” muito boa. A diversão, pelo menos para mim é garantida.
Bom, eu sou vascaino e, sinceramente, gostaria de ver no meu time uma dupla de ataque como Marta e Lloyd e uma goleira como Solo para o Brasileirão masculino de 2016.
Que continue crescendo cada vez mais e que nenhum esporte tenha predominância exclusiva, masculino ou feminino.
*Antonio Vergueiro tem 16 anos e consegue escrever um texto inteiro sobre futebol feminino sem fazer nenhuma piadinha machista.