Por Gilberto Nascimento, no Facebook –
Há 21 anos, o massacre de Eldorado de Carajás chocava o Brasil e o mundo. Dezenove sem-terra eram assassinados pela PM no Pará. Hoje, 10 trabalhadores rurais são mortos pela polícia no mesmo Estado e o assunto ganha, no máximo, pequena chamada no pé da primeira página de um grande jornal.
O genocídio é encarado com naturalidade pela maioria.
Na época do massacre de Carajás, fiz a cobertura do caso para a Istoé, onde eu trabalhava. Foi a capa da revista e a matéria rendeu umas oito páginas ou mais. Fiquei 11 dias no Pará acompanhando os desdobramentos do caso.
Agora, a morte dos dez trabalhadores talvez renda uma nota no resumo da semana na mesma publicação