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Voto a voto: veja apuração para presidente, Câmara e Senado; a página se atualiza sozinha a cada quinze minutos
Um juiz de Michigan e a Corte Estadual da Geórgia negaram nesta quinta-feira (05/11) dois pedidos apresentados pela campanha do republicano Donald Trump para tentar interromper a apuração nos dois Estados.
Segundo o magistrado de Michigan, o pedido foi negado no Estado pois a contagem dos votos enviados pelo correio já está quase concluída. Com mais de 98% das urnas apuradas, a vitória no Estado foi atribuída ao democrata Joe Biden, o que o colocou em uma situação mais favorável para vencer as eleições norte-americanas.
Já na Geórgia, o anúncio foi feito pelo juiz James Bass na manhã desta quinta. Segundo os republicanos do Estado que observam a apuração, ocorreram “contagens irregulares de urnas recebidas após a eleição”. As acusações não foram confirmadas pelas autoridades locais.
Com 98% dos votos apurados, Trump lidera na Geórgia, mas vê a diferença entre ele e Biden diminuir cada vez mais durante esta quinta. No momento de fechamento desta matéria, o republicano está a apenas 0,3 pontos percentuais à frente do democrata.
Pensilvânia
Na madrugada, Biden reduziu uma desvantagem que chegou a 13 p.p. para 2,6 p.p. Neste momento, com 92% das urnas apuradas, a diferença está ainda menor, com 1,7 p.p. seprando o democrata de Trump. O condado de Allegheny, onde fica a cidade de Pittsburgh e apresenta ampla vantagem democrata, anunciou que só continuará a apuração nesta sexta-feira. Analistas já falam em uma virada de Biden em breve, mas vamos esperar a contagem de votos. A campanha de Trump entrou com processos para tentar parar a recontagem.
Geórgia
Apuração apertou muito com votos da região de Atlanta. Às 17h, 12,8 mil votos ainda separavam Trump de Biden – a diferença, ontem às 16h, era de 85.835 a favor de Trump. Está tão apertado que o Estado pode ter que fazer uma recontagem posterior!
Arizona
Em Opera Mundi, temos o seguinte padrão: damos o Estado a um dos candidatos após ao menos dois veículos dos EUA o fazerem. No caso do Arizona, o demos para Biden após as confirmações da Associated Press e da Fox News.
Outros veículos de imprensa importantes, incluindo as maiores redes de televisão, ainda não o fizeram, aguardando a entrada de mais votos, principalmente na região de Phoenix. Notamos neste ano que as emissoras têm sido bastante conservadoras em suas previsões.
O lote de votos que entrou nesta madrugada favoreceu Trump no Estado, e, segundo analistas, vieram na proporção que o republicano precisa para ganhar – mas talvez não sejam suficientes para virar. Por isso, a diferença entre Biden e Trump caiu de 3,4 p.p. para 2,4 p.p. Novos lotes, principalmente os de Phoenix, entram hoje à noite e, esperamos, devem marcar a tendência final.
Continuamos acompanhando a situação do Arizona e monitoramos se Fox News e Associated Press mudam suas projeções. Até o momento, eles mantêm as previsões. Segundo as pesquisas, Biden tinha vantagem no Estado.
Nevada
O Estado já tem 89% das urnas apuradas. Biden lidera com 49,4% dos votos. Trump aparece com 48,5%. Condados como Clark, onde está Las Vegas, e Washoe, onde fica Reno, ainda podem render mais votos a Biden. Clark ainda não atingiu os 90% da apuração.
Cenário nacional
Atualmente, Biden tem 264 delegados (com o Arizona) e Trump, 214. Se Biden vence a Pensilvânia, atinge 284 delegados e está eleito (desconsiderando o Arizona, ainda assim Biden chega a 273).
Mas se, antes da Pensilvânia, o resultado do Nevada for projetado, Biden leva a eleição com 270 delegados (ainda contando com o Arizona). Mesmo caso com a Geórgia (atingiria 280). Sem o Arizona, Biden só conseguiria 269 vencendo só na Geórgia ou 259 só em Nevada. No caso de uma vitória democrata em Nevada e Geórgia, sem Arizona, a conta chega a 275.
E para Trump? O caminho é mais complicado, mas ainda bastante possível. Trump tem 214 delegados agora, deve somar mais 3 com o Alasca e precisaria ganhar Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte e Nevada ou Arizona para ultrapassar 270. A Pensilvânia é fundamental para o presidente.