Gilmar pede o fim do “ciclo dos falsos heróis” de Curitiba. Veja

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Por Fernando Brito em seu Blog – 

Embora em tom incomumente sereno, as palavras de Mendes são duras e diretas.




Resumo:

  • Moro e Deltan Dallagnol – As pessoas percebem que esse promotor não está atuando de maneira devida. Esse juiz não está atuando de maneira devida.(…)isso é errado, que essas pessoas estavam usando as funções para outra coisa. Isso ficou cada vez mais evidente.
  • A República de Curitiba – Quando se diz que não se pode contrariar a Lava Jato, que não se pode contrariar o espírito da Lava Jato —e muitos de vocês na mídia dão um eco a isso—, nós estamos dizendo que há um poder soberano. Onde? Em Curitiba.(…) Aprendemos, vendo esse submundo, o que eles faziam: delações submetidas a contingência, ironizavam as pessoas, perseguiram os familiares para obter o resultado em relação ao investigado. Vamos imaginar que essa gente estivesse no Executivo. O que eles fariam? Certamente fechariam o Congresso, fechariam o Supremo.
  • Popularidade de Moro – Se um tribunal passar a considerar esse fator, ele que tem que fechar, porque ele perde o seu grau de legitimidade. (…) Do contrário, a nossa missão falece. Se é para sermos assim legitimados, entregamos, na verdade, a função ao Ibope.
  • Cumplicidade do STF e da mídia – Beberam tanto que se embriagaram, com poder e com bebida, talvez. Nós fomos co-responsáveis por isso. Eu, numa sessão, já disse que nós fomos cúmplices, mas de alguma forma a mídia coonestou tudo isso. (…) Vamos encerrar o ciclo de falsos heróis. (…) O Dr. Janot tinha 11 repórteres e seu gabinete para vazar (…) O Janot vazava sistematicamente e com isso construiu uma auréola indevida. Ele foi santificado.
  • Crimes de Moro – Isso tem de ser verificado. Agora, de fato, o conúbio entre juiz, promotor, delegado, gente de Receita Federal é um conúbio espúrio (…)
  • Delações e prisões – Eu sempre disse que nós tínhamos um encontro com as “prisões alongadas de Curitiba. Agora se provou que eles estavam usando as prisões alongadas de maneira indevida, como elemento de tortura: “vamos deixá-lo preso para que ele de fato fale e fale o que queremos que ele fale e delate quem nós queremos que ele delate”.

Selecionei a parte que julguei mais significativa da entrevista, que reproduzo abaixo, enquanto a íntegra pode ser acessada aqui.

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