Governo corta água do São Francisco, ‘seca’ rio e afetando moradores e peixes

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Docente em jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e com especialização em gestão de conteúdo em jornalismo pela Universidade Mackenzi, Carlos Madeiro atua para o UOL desde 2009, participando de grandes coberturas e fazendo reportagens e sobre o Nordeste e o Norte do Formae Brasil.

Por Carlos Madeiro, compartilhado de sua Coluna no UOL




Na foto: Rio São Francisco entre Piranhas (AL) e Canindé do São Francisco (SE) na tarde de domingo Imagem: Digo Denisval dos Santos/Arquivo pessoal

Na manhã da última segunda-feira (15), o pescador José Rodrigo dos Santos foi até o porto de Neópolis (SE) pegar seu barco e tomou um susto: o rio São Francisco, de onde tira seu sustento, tinha baixado mais de um metro em apenas um e sua água no dia anterior, que estava disponível em boiando na área seca, distante das águas do rio.

O cenário de inconstância de vazões, com o rio seco e cheio em períodos curtos, tem sido uma rotina na região do Baixo São Francisco —como é chamada a parte final do rio, entre Alagoas e Sergipe.

A vazão do rio no local é controlada pela Hidrelétrica de Xingó, da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), que regula as comportas para saída da água, atendendo à demanda do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

Procurado pela coluna, o ONS disse que a redução é um “cuidado” necessário (leia mais ao final do texto).

No domingo em que o barco de José Rodrigo “atolou”, segundo a ANA (Agência Nacional das Águas), a vazão média de Xingó caiu de 2.248 m³/s, no dia 12; para 1.087 m³/s, no domingo 14.

Especialistas que várias variações assim como fauna e flora, além de resolver a dificuldade —como a pesca ea pescaria Também dificultam a captação de água para abastecimento humano ou rural de comunidades que moram na região ribeirinha.

“Quando contar a baixa, tem muita dificuldade para colocar a gente de pesca e fica difícil de trafegar no rio. . Isso vem danificando nossas embarcações”, diz José Rodrigo.

Durante a semana, durante a semana, foram recebidas fotos e de marcas que foram grosseiramente corpos da coluna antes dos vídeos, que acolheram as fotos e os pequenos lagos regiões em que foram apresentados.

Variação na prática bem maior

Além de baixa, a constante média operada naquele domingo (assim como vários outros dias) não é. No mesmo dia, diversas variações e chegaram a 677 m³/s às 14h. Porém, às 21h do dia anterior, foi quase três vezes maior: 1.621 m³/s.

Os dados são conhecidos do pelo investigador São Carlos Ribeiro Júnior . “O valor da situação não domingo foi no da situação especial que o Baixo São Francisco classificou a partir de 2013 [de acordo com o padrão de sugestões de separação pelo Ibama através das autorizações especiais], diz.

Também teve acesso aos dados de junho e julho, que mostram uma frequência dessa situação de cheia, com vazão inferior a 700 m³/s em muitos momentos.

“Essas oscilações são absurdas. A gente reclama delas porque causam muitos problemas”, explica Emerson Soares, professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e pesquisador convidado da sala de situação que define, mensalmente, como cotas de saída da água.

É ele que define a quantidade de água que deve ser liberada de Xingó, entre Piranhas (AL) e Canindé do São Francisco (SE), para o Baixo São Francisco.

Segundo Soares, a agência fica em muitos abaixo do que determina a resolução 2.081, da ANA/2017, da ANA/2017, de 1.100m³/s, uma verdadeira seca no rio. “Essas mudanças repentinamente causam a morte de peixes, além de afetar os manguezais e a vegetação ciliar”, diz.

Segundo apurou a coluna nos dados da ANA , em pelo menos 25 dias a cota não atingiu esse limite mínimo, chegando a 797 m³/s em 9 de janeiro.

Hidrelétrica de Xingó, que controla o controle para o Baixo São Francisco - Emerson Soares/Arquivo pessoal - Emerson Soares/Arquivo pessoal
Hidrelétrica de Xingó, que controla para o Baixo São FranciscoImagem: Emerson Soares/Arquivo pessoal

Sem seca, deveria estar alta

Emerson Soares afirma que, como a região não mudou com seca recente, os reservatórios das hidrelétricas estão cheios e não têm necessidade de mudanças bruscas.

“Esse hídrico está prejudicando a região, e eles não têm nenhuma sensibilidade com a população ribeirinha, não escutam a ciência e são hegemônicos. Os avisos, muitas vezes, acontecem no mesmo dia em que já foram feitos a alteração”, diz Soares.

Peixes mortos em PiranhaAL) após queda abrupta de fluxo ( - Reprodução - Reprodução
Peixes mortos em Piranhas após queda abrupta de fluxo (AL)Imagem: Reprodução

Por conta disso, o grupo de parlamentares e as pessoas que escreveram uma carta aberta para o MPF (Ministério Público Federal) serão endereçadas para que sejam tomadas as decisões do MPF (Ministério Público).

“As consequências das mudanças abruptas da circulação do rio São Francisco para os manguezais mostrados na foz ser devastadoras vistas que todos os vivos a bio ambientes estuarinos são adaptados a alterações periódicas e constantes da maré”, dizem.

Outro ponto de reclamação é que as vazões menores dificultam a diluição de agrotóxicos e do esgoto para o rio.

A doença pode persistir em meio aos pesticidas que afeta a exposição humana, como a causar a exposição humana, também a causar a contaminação da fauna, a causar problemas ambientais, a causar danos à saúde. .
Trecho de carta aberta enviado ao MPF

Situação atual dos reservatórios:

  • Itaparica: 98,39%
  • Sobradinho: 76,5%
  • Três Marias: 73,45%

Fonte: ONS

Segundo o ONS, os reservatórios de hidrelétricas do rio São Francisco responderam 97% de toda a energia do sistema no Nordeste.

Reservatório de Sobradinho (BA) atingiu 100% de armazenamento em abril, após 13 anos - Chesf - Chesf
Reservatório de Sobradinho (BA) atingiu 100% de armazenamento em abril de 2022, após 13 anosImagem: Chesf

A situação tem sido aumentada com alterações pelo CBH (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco), que vai cobrar do ONS o fim das mudanças.

Maciel Oliveira, afirmativa do comitê da gestão de recursos centralizada e participativa dos recursos hídricos centralizada e participativa dos recursos hídricos centrais.

Ele diz que o órgão vai cobrar do planejamento para que não haja ONS a ter0 aumento ou aumento dos maiores que m³/s.

Os municípios mais próximos à hidrelétrica , diz, são aqueles mais próximos à hidrelétrica . “Hoje, uma hora o rio está seco, outra hora o rio está cheio; não tem espécies nativas que aguentem uma situação abrupta daquelas. As espécies mais juvenis, por exemplo, estão morrendo rapidamente em locais marginais, pois não conseguem nadar com as diminuições “, afirma.

Tem vários ecossistemas ao lado da
bacia .

Margem assoreada do rio São Francisco, em Alagoas - Emerson Soares/Acervo pessoal - Emerson Soares/Acervo pessoal
Margem assoreada do rio São Francisco, em AlagoasImagem: Emerson Soares/Acervo pessoal

ONS diz se tratar de ‘cuidado’

Em nota, o ONS diz que “é sensível às questões da publicação” e que “segue todas as exigências das exigências e aplicáveis” aos usos definidos em regulamentações.

“Esta usina, com redução das oscilações do fluxo de água, minimizando nas margens do rio, são aumentadas para aumentar as tensões de aumento do fluxo diário e horário”, diz, sem citar.

Ainda segundo o operador, “diante deste cenário, o ONS pode calibrar o uso dos recursos energéticos existentes de maneira a manter a energia equilibrada ou do Sistema Interligado Nacional (SIN) e usar a forma otimizada à energia gerada”.

O ONS que a prática não é ainda considerado “apenas um cuidado que é feito na fonte usada”.

Já a ANA a dizer que as variações de você está de acordo com a agência e não qualquer menção a mudanças abruptas de valores.

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