Por Negro Belchior, Carta Capital –
Dentre diferentes versões apresentadas tanto pelo menino de 11 anos que sobreviveu à ação da PM, quanto pelos policiais, as teses finais são:
A versão defendida pela criança, que depois de protegida pelo Serviço de Proteção à Criança e Adolescente Ameaçado de Morte, afirmou que os policiais da Rocam teriam “plantado” uma arma no local do crime, prática – convenhamos – habitual da PM em situações como essa;
E a defendida pelo governador Alckmin, de que os policiais teriam atirado em resposta a disparos feitos pelas crianças, com o carro em pleno movimento. Ou seja, a morte do garoto teria ocorrido em uma situação de legítima defesa.
Seja qual for a verdade – e a mentira, o fato é: homens maiores de idade, formados e treinados pelo governo do Estado São Paulo, em sua atribuição de defender a cidadania, a vida e a sociedade, concluíram uma operação com a morte de uma criança pobre e preta de 10 anos de idade.
Vamos acompanhar.