Publicado na Revista Fórum –
Segundo a nota, “magistrados comprometidos com os deveres do cargo, com o devido processo legal, com a ética e com a democracia têm a obrigação de não aceitar condutas como as traduzidas nas conversas reveladas por esses órgãos de imprensa, cujos teores são de elevadíssima verossimilhança”.
Um grupo conformado por ex-presidentes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) divulgou nesta quarta-feira (10) uma nota pública criticando a atuação de Sérgio Moro como juiz da operação Lava Jato e seu conluio com os procuradores do MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná), como vez sendo demonstrado pela série de reportagens Vaza Jato.
Os magistrados que assinam a nota consideram que os vazamentos revelam uma “verdadeira maré montante de ilegalidades”, razão pela qual eles questionam a imparcialidade do então juiz e atual ministro da Justiça.
Segundo a nota, “magistrados comprometidos com os deveres do cargo, com o devido processo legal, com a ética e com a democracia têm a obrigação de não aceitar condutas como as traduzidas nas conversas reveladas por esses órgãos de imprensa — cujos teores, convém registrar, são de elevadíssima verossimilhança”. Os juízes também consideram que as revelações são inceitáveis para “qualquer pessoa medianamente bem informada”, e que elas poderiam afetar a imagem do Poder Judiciário e do Ministério Público.
Os magistraram que assinam a carta são: Germano Siqueira (juiz da 3ª Vara do Trabalho de Fortaleza e ex-presidente da Anamatra), João Ricardo Costa (juiz da 16ª Vara Cível de Porto Alegre e ex-presidente da AMB), Grijalbo Fernandes Coutinho (desembargador do TRT-10 e ex-presidente da Anamatra), José Nilton Ferreira Pandelot (juiz da 1ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora e ex-presidente da Anamatra), Gustavo Tadeu Alkmim (desembargador do TRT-1 e ex-presidente da Anamatra) e Hugo Cavalcanti Melo Filho (juiz da 12ª Vara do Trabalho do Recife e ex-presidente da Anamatra).