Por Malu Aires, compartilhado de Construir Resistência
Há uma indústria do ódio no Brasil. Há investimento pesado em discursos racistas, misóginos, homofóbicos.
Há plataformas estrangeiras liberando esse material, inclusive, para monetização, na internet.
Há patrocínio milionário para qualquer criminoso vender suas “opiniões”.
Todo esse investimento e trabalho é porque o ódio produziu 4 bilionários por semana, em 2021.
O ódio sai do orkut, vai pra blogosfera, entra no facebook, leva todo mundo pro youtube, se esconde no whatsapp, se repagina nos podcasts e deixa a sociedade como barata tonta, atrás da “tecnologia” e não atrás do investidor da fala do ódio.
A juventude brasileira vem sendo esmagada, intelectualmente, desde a “revolta dos 20 centavos”. Daquele papel de idiota em diante, continua servindo de milícia digital da elite vagabunda.
Elite vagabunda, nazista, genocida, golpista e ladra, desde suas origens.
Se o “patrão” responder por financiamento de grupos de apologia ao ódio, financiamento privado de veículo difusor de fakenews, discursos antidemocráticos e que atentem contra os Direitos Humanos, todo o papagaio de nazista fica sem emprego.
IFood incentiva o discurso do racista que ataca entregador porque é negro. IFood ganha quando o assunto é “racismo” e todos esquecem que IFood explora mão-de-obra, terceirizando açoite.
As empresas patrocinam discursos de ódio contra a classe trabalhadora, porque não querem que os trabalhadores retomem seus Direitos.
Os bilionários querem ódio, porque estão bilionários com todo o ódio que abre mata na corrente, garimpa à bala, soterra cidades inteiras enquanto nega assistência às vítimas.
Se há ódio à venda em toda esquina mais que coca-cola, e se a campanha dele gera mais lucro pro Mercado que gerenciar uma fábrica, esse ódio é negócio que precisa falir.
No século XXI, quem imaginaria que o Capital geraria genocídio, ódio, desinformação, apologia à violência e NENHUM emprego?
O capitalismo mostra sua face.
Gasta milhões de dólares por minuto, para que a humanidade esqueça que é a face mais exploratória, abusiva, destrutiva, perigosa e sanguinária desse mundo.
Malu Aires é cantora, compositora, escritora, poetisa e ativista digital