Publicado em Brasil 247 –
Fernando Haddad bateu duro em Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, acusando-os de pretender destruir a Previdência Social e criar um Bolsa Família para os idosos do país, que viverão à míngua; “(O projeto) garante um salário mínimo a partir dos 70 anos. É Bolsa Família para idoso. Ninguém mais vai ter exatamente uma aposentadoria, a não ser que faça poupança nos bancos, que coloque um dinheiro que você não tem. Está difícil fazer o mês terminar. Só o aumento dos combustíveis em três meses nas refinarias foi de 20% em média no governo Bolsonaro. Como você vai ainda poupar para se aposentar para além de um salário mínimo?”, questionou; assista ao vídeo
Fernando Haddad bateu duro no presidente Jair Bolsonaro e no ministro da Economia, Paulo Guedes, pela proposta de Reforma da Previdência. O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato do PT à Presidência alertou para “o fim da Previdência Pública”.
(O projeto) garante um salário mínimo a partir dos 70 anos. É Bolsa Família para idoso. Ninguém mais vai ter exatamente uma aposentadoria, a não ser que faça poupança nos bancos, que coloque um dinheiro que você não tem. Está difícil fazer o mês terminar. Só o aumento dos combustíveis em três meses nas refinarias foi de 20% em média no governo Bolsonaro. Como você vai ainda poupar para se aposentar para além de um salário mínimo?”, questionou.
O governo quer mudar a idade para idosos de baixa renda receberem o BPC, o benefício assistencial de um salário mínimo – de 65 anos para 70 anos. Para compensar, quer permitir que, já a partir dos 60 anos, os idosos nessa situação, com renda inferior a um quarto de salário mínimo, possam receber um benefício de R$ 400.
“A parte de assistência ele (Guedes) quer desvincular do salário mínimo. Os benefícios assistenciais não terão como referência o salário mínimo. O capítulo da Seguridade Social acaba, que é saúde, previdência e assistência social. Ele põe um fim nisso. No caso de saúde e educação quer desvincular os gastos. É um projeto que é ultraliberal”, complementou Haddad.
O ex-candidato afirmou que Bolsonaro e Guedes “são contra direitos trabalhistas”. “É um projeto antissocial, antinacional”, acrescentou.
O ex-prefeito aproveitou para criticar as recentes viagens de Bolsonaro aos Estados Unidos, ao Chile e a Israel. “Foram três viagens e três micos. Nos EUA, nenhum presidente passou por essa vergonha. No Chile tomou puxão de orelha do Piñera que falou que ele foi inconveniente ao elogiar Ditadura Pinochet”, disse. “Em três viagens ele criou problema com 70% da nossa pauta de exportação”.