Por Maria Ligia Pagenotto, jornalista –
Assisti dias desses o documentário “Carta para além dos muros”, de André Canto, sobre a história do HIV/Aids no Brasil. Impossível não se emocionar lembrando de amigos que sucumbiram ao vírus no início da epidemia. Mas não só. O filme emociona também por mostrar como a luta de um grupo de ativistas fez toda diferença para garantir o respeito e o tratamento digno para as pessoas contaminadas.
Por fim, impossível não se revoltar contra a política de “saúde” desse desgoverno, exposta no doc: no ano passado, Bolsonaro tirou status do departamento de combate ao HIV do Ministério da Saúde, transformando-o apenas em uma pasta do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
O governo também apagou as redes sociais desse departamento, que trazia uma série de informações sobre prevenção. Bozo e seus apoiadores jogaram parte da luta de tanta gente no lixo, por uma política de governo baseada no preconceito, na intolerância, no atraso, na ignorância. Eles ainda estão lá nos anos 1990, achando que esse assunto não diz respeito a toda sociedade, mas só a uma parcela “insignificante” da população.
E assim ele segue “protegendo” a tradicional família brasileira
Vejam programa da TVT a respeito da grave questão e sobre filme “Carta para Além dos Muros”