Homem que aparece ao lado de Waack é diretor da instituição que levou Moro aos EUA

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Publicado em Nocaute – 

O homem que aparece ao lado de William Waack no vídeo em que o âncora do Jornal da Globo faz um comentário racista, é o jornalista Paulo Sotero, diretor do Wilson Center de Washington, Estados Unidos. A instituição é um dos mais poderosos think tanks do mundo e é também responsável por levar o juiz Sergio Moro para fazer palestras nos EUA.

O Wilson Center é uma instituição governamental que tem seus diretores indicados diretamente pela presidência da república daquele país. Segundo reportagem de Miguel do Rosário, do Cafezinho, os dois últimos presidentes pertenciam a instituições de inteligência dos EUA. A atual presidenta, Jane Harman, tem presença destacada nas agências de inteligência e espionagem do governo.




O think tank criou, em 2006, o Brazil Institute, braço destinado à temas de nosso país que iniciou suas atividades com entrega de prêmios a personalidades brasileiras. Paulo Sotero, em 2011, criou um fórum entre Brasil e Estados Unidos voltado para o Judiciário, o “Brazil-United States Judicial Dialogue”. A inspiração foi a Ação Penal 470, o chamado “mensalão”.

O Brazil Institute teve uma atuação de destaque no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, com a produção de artigos escritos por Sotero e Carlos Eduardo Lins da Silva, ex-chefe de redação da Folha e parte da equipe do instituto.

Em julho de 2016, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou que juízes fizessem palestras sem informar o valor do cachê pago por elas. Exatamente um mês depois, o juiz Moro palestrou no Wilson Center. Antes de Moro, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Teori Zavaski, representando o TSE, estiveram por lá.

No mesmo ano, o instituto foi acusado pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de ter participado ativamente da conspiração que tentou removê-lo do poder.

WikiLeaks

A relação de Waack com as agências de inteligência americanas é antiga. Em 2011, documentos do Wikileaks o apontaram como informante do governo daquele país. O ex-âncora do Jornal da Globo é citado pelo menos três vezes em reuniões com funcionários da embaixada Americana. Dois dos documentos que o citam são considerados “confidenciais”.

Depois de botar fogo no país, o jornalista William Waack botou fogo nas próprias vestes e foi afastado do Jornal da Globo.

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