Associação de bares enviou carta ao ministro pedindo a volta do horário de verão no Brasil, mas pasta entende não haver motivo para “medidas drásticas”
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247 – O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez um comunicado nesta quarta-feira afirmando que o horário de verão no Brasil será retomado apenas se houver “evidências” que indiquem a necessidade de racionamento de energia elétrica, informa a Folha de S. Paulo. Apesar disso, o ministro destacou que, até o momento, não existem sinais que apontem para a adoção de “medidas drásticas de racionamento”.
Em uma declaração após um evento no Palácio do Planalto, o ministro enfatizou a sensibilidade do setor elétrico brasileiro, que também é influenciado pelo índice pluviométrico. Ele ressaltou a importância de manter a precaução em relação à possível implementação do horário de verão, afirmando que esta medida só será adotada se houver evidências de necessidade para garantir a segurança do suprimento energético no país.
“Por enquanto, não temos sinais nesse sentido. Estamos atualmente com nossos reservatórios em seu melhor nível dos últimos dez anos”, afirmou o ministro Silveira, transmitindo uma mensagem de otimismo sobre a atual situação energética do Brasil.
BARES E RESTAURANTES PEDEM RETOMADA – A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou carta ao ministro Alexandre Silveira, pedindo a volta do horário de verão no Brasil. Segundo a entidade, a medida gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com crescimento entre 10% e 15%.
“No momento em que o setor ainda se recupera dos prejuízos causados pela pandemia, a implementação da medida beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país”, diz a Abrasel na carta enviada na terça-feira (26) ao ministro.
A Abrasel destaca que a medida movimenta a economia, principalmente no comércio e no turismo, uma vez que os turistas tendem a aproveitar melhor os destinos, estendendo suas atividades até mais tarde. A entidade também enviou um ofício sobre o mesmo assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do Turismo, Celso Sabino.
Procurado pela Agência Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) não se manifestou nesta terça-feira (26). Na semana passada, a pasta informou que os dados não indicam necessidade de implantação do horário de verão em 2023, em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo.
Criado em 1931, o horário de verão foi extinto pelo governo federal em 2019, com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética. O governo da época também se baseou em estudos da área da saúde sobre os impactos da mudança no relógio biológico das pessoas. [Com informações da Agência Brasil]