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Allan dos Santos, do Terça Livre, e a turma dos ataques ao Congresso e STF são citados no inquérito
De acordo com o inquérito dos atos antidemocráticos praticados pelo “Gabinete do Ódio”, os grupo de youtubers que atacam a democracia em prol do presidente Jair Bolsonaro, era muito bem pago pelo Palácio do Planalto.
Conforme consta no inquérito, os youtubers ganhavam mais de R$ 100 mil por mês para promover vídeos a favor de Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso.
Os dados do inquérito foram revelados em primeira mão pelo jornal O Estado de S.Paulo. Estão nos autos documento que apontam que assessor especial da Presidência da República, Tércio Arnaud Tomaz, e o ajudante de ordens Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, são os interlocutores do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, dono do canal Terça Livre, especialista em divulgar “fakes news”.
O inquérito ainda cita os seguintes youtubers e blogueiros, todos recebendo R$ 100 mil, cada um:
Anderson Azevedo Rossi, criador do canal Foco do Brasil
Fernando Lisboa, do Vlog do Lisboa;
Emerson Teixeira, do canal “Professor Opressor”;
Ernani Fernandes Barbosa e Thaís Raposo, da “Folha Política”,
Camila Abdo, do Direito aos Fatos;
Marcelo Frazão, do TV Direita News; e
Sara Giromini.
Além deles – O jornalista Oswaldo Eustáquio consta no documento. Embora o canal dele não esteja disponível para ser acessado do Brasil, o perfil segue ativo para outros países e tem 9,1 milhões de inscritos.
O grupo antidemocrático foi descoberto em setembro de 2019, e as investigações, conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, ainda não terminaram. Até agora, foram ouvidas mais de 30 pessoas. Entre elas, estão os filhos de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Apontado como comandante do Gabinete do Ódio, Carlos é citado 43 vezes no inquérito.