Por Fernando Brito, publicado no Tijolaço –
É o “Soldado-Cidadão”, que deu iniciação profissional a 200 mil recrutas, das três Armas, na última década.
Como se sabe, quem presta serviço militar no Brasil é pobre.
Os “coxinhas” que pedem intervenção militar nem passam perto.
É muito boa a ideia de somar o tempo como recruta à melhoria do nível educacional-profissional da rapaziada.
Até porque, como lembra um dos oficiais envolvido no projeto, a única habilidade com que muitos recrutas saíam do quartel era no manuseio de armas.
Sem qualificação para um emprego, nem é preciso falar quais as “portas” se abriam para eles, não é?
Muito melhor, para eles e para as instituições militares que cresçam profissionalmente, inclusive e sobretudo, em especialidades que tenham relação com as habilidades úteis às Forças Armadas, como condução e manutenção de veículos e motores, operadores de máquinas, nevegação marítima e fluvial, combate a incêndios, serviços de saúde e edificações.
O exercício da atividade militar, hoje, pede mais que saber montar e desmontar um fuzil.
A requalificação de nossas instituições militares não é só material e bélica, é também humano, na tropa.
Como diz uma das parceiras do programa, da Fundação Nokia, em Manaus (AM) o mais importante é que se resgata, nos recrutas, “o gosto pelo conhecimento”.
Coisa que os que pedem que as Forças Armadas se desviem da sua missão constitucional parecem não ter.