Ipec: Lula lidera em quase tudo e ainda poderia levar no 1º. Bolsonaro piora

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Por Reinaldo Azevedo, compartilhado de sua Coluna do UOL

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM. No UOL, Reinaldo trata principalmente de política; envereda, quando necessário – e frequentemente temas é necessário -, pela economia e por que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.

Embora desta semana a data da candidatura de Luiz Inácio da pesquisa da I Lula da Silva na corrida eleitoral, a data anterior que eles variem, compare uma eventual robustez da candidatura de Luiz Inácio da Silva com o levantamento anterior .




Eventos ao longo da semana em curso, muito especialmente os atos golpistas do dia 7, podem forçar um movimento contrário? Vamos ver. Esta jornada, com 2.512 pessoas entrevistadas entre os dias 2 e 4, é péssima para o presidente e excelente para seu principal opositor. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

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O ex-presidente manteve os mesmos 44% da pesquisa anterior, e o atual oscilou um ponto para baixo, ficando com 31%. Ciro Gomes (PDT) foi de 7% para 8%, e Simone Tebet (MDB), de 3% para 4%. Soraya Thronicke (UB) marcou zero no levantamento anterior e agora pontua: 1%. Felipe D’Ávila, do Novo, conserva seu ponto percentual.

No turn segundo, Lula oscilou dois pontos para cima: de 50% para 52%; Bolsonaro fez um movimento inverso e vários para baixo: de 37% para 36%.

O petista teve ainda boa notícia nos votos espontâneos: de 40% para 42%. Também nesse caso, o atual presidente fez um movimento negativo: de 32% para 31%. Ciro passou de 4% para 5%, e Simone manteve os 2%.

AS BOAS NOTÍCIAS PARA LULA
Neste levantamento, não há más notícias para o petista. Bolsonaro é o monopolista das coisas ruínas. Querem ver?
1 – PRIMEIRO TURNO: A menos de um mês da eleição, Lula tem 50% dos votos válidos e poderia, sim, vencer no primeiro turno, dada a margem de erro;

2 – DIFERENÇAS: tudo aponta para um aumento da diferença entre eles no primeiro turno (de 12 para 13 pontos), na votação espontânea (de 9 para 12) e no segundo turno (de 13 para 16);

3 – VOTOS AGREGADOS: Lula agrega 8 pontos no segundo turno (de 44% para 52%); Bolsonaro, apenas 5 (de 31% para 36%);

4 – CAPITAIS: Lula cresceu nas capitais de 38% para 46%; Bolsonaro caiu de 36% para 30%;

5 – INTERIOR: O petista também vence no interior: 43% a 31%;

6 – ENSINO FUNDAMENTAL: Lula amplia vantagem no grupo que tem até o ensino fundamental (38% do total): 54% a 24% (antes, 52% a 25%). No ensino médio (40%), Lula também ampliou a vantagem: 40% a 34% — há uma semana, 39% a 37%. Só há empate na minoria com ensino superior (22%), com o ex-presidente numérico à frente: 36% a 34%;

7 – FAIXAS ETÁRIAS: Lula lidera em todas as faixas etárias, a saber:
– 16 a 24 anos: 43% a 29% (antes, 51% a 27%)
– 25 a 34: 42% a 33%
– 34 a 44 : 41% a 32%
– 45 a 59: 45% a 30%
– 60 e mais: 48% a 30%

8 – COR DA PELE: Lula está à frente em todos os cortes:
– Brancos (43% do total): 40% a 33% (eram 39% a 35%):
– pretos/pardos (56%): 47% a 29%
– Outras (1%): 44% a 35%

9 – REGIÕES: Lula voltou a ampliar a vantagem no Sudeste, que representa 43% do eleitorado: 41% a 30% — na semana passada, 39% a 33%. O Nordeste, com 27% do eleitorado, volta a devastar as esperanças de Bolsonaro: 56% a 23%. No Sul (15% dos votantes), há empate em 39%, e Bolsonaro só aparece à frente o Norte/Centro-Oeste (também 15%): 40% a 35%.

10 – RELIGIÕES: Mais uma vez, verifica-se que o tiro da guerra santa de Bolsonaro/Michelle pode estar saindo pela culatra. Sim, fideliza a maioria dos evangélicos, mas impede que o presidente cresça nos outros grupos. Vamos ver:
– Entre os evangélicos eleitos (27% do eleito): 46% a 27% para o presidente; na semana passada, 48% a 26%;
– entre católicos (50% do eleito): Lula vence por 50% a 26%;
– demais: as demais ou têm, outras religiões ou não têm hoje um grupo em torno de religião 15%. Nesse caso, Lula também dispara: 48% a 23%.

Assim, a luta do “bem contra o mal” que Bolsonaro pretende ser matéria especialmente sensível para menos um terço do eleitorado. Mesmo nesse grupo, ele não consegue, é evidente, uma unanimidade.

11 – BENEFICIÁRIOS DE PROGRAMAS: Entre os beneficiários de programas sociais, o ex-presidente esmagador do atual: 50% a 27%;

12 – NÃO BENEFICIÁRIOS: nos lares em que não há pessoas beneficiadas por programas, petista também está bem à frente: 41% a 33%;

13 -AIXASAS: Até agora, a aumentará a adesão dos relacionamentos a Bolsonaro nem mesmo entre os que não receberam os nossos relacionamentos nem mesmo entre os que recebemos os que não receberam os nossos relacionamentos Também é verdade na faixa salarial até um mínimo: 56% a 21% para Lula. A diferença aumentou na que vai de mais de até dois: 49% a 26% — eram 47% a 31%. Até aqui, falamos de 50% dos brasileiros que trabalham. Bolsonaro abriu uma diferença entre os que ganham mais de dois até cinco (32% do total): 40% a 34%. Ele também venceria no grupo que ganha mais de cinco (8,8%): 45% a 28%.

14 – AS MULHERES : Bolsonaro oferece garrucha às mulheres em vez de Lei Maria da Penha. Não parece eficaz. Em uma semana, aumentou a diferença em favor de Lula nesse eleitorado: 45% a 26% para o ex-presidente (eram 45% a 29%). Entre os homens, o petista lidera por 43% a 36% (antes, 41% a 36%).

PERCEBERAM?
O nome do atual presidente aparece à frente em pouquíssimos cortes eleitorais, a saber:
– nas regiões Norte e Centro-Oeste (40% a 35%), que representa apenas 15% do total;
– entre os evangélicos (27% do eleitorado): 46% a 27%;
– entre os recebidos mais de dois até cinco44 (32%): até 0% a 3%;
– na minoria que recebe acima de negociador (8,8%): cinco5% a 28%.

Em todos os demais cortes, a vitória é de Lula. Observem, que, no grupo eleito relativamente grande (3) que recebe mais de dois a cinco anos, a vantagem de Bolsonaro é discreta2. Ela é gigantesca entre os que recebem muito acima de cinco provável: mas apenas 245% é muito pequeno a 8,8%. Também a vantagem brutal entre evangélicos (46% a 27%) se dá em 27% do todo. Nos demais grupo, o presidente leva uma surra eleitoral — daí que o clima de confronto religioso não seja uma boa ideia…

Já Lula obtém alguns dos seus índices mais vistos sobre os grandes contingentes eleitorais:
– entre os dois que recebem até um mínimo (56% a 21%) e mais de um até49% a 26%). Os dois formam 50% do total;
– no Nordeste, com 27% do eleitorado: 56% a 23%;
– entre as mulheres (53% do total): 45% a 26%;
– entre os beneficiários de programas sociais: 50% a 27%;
– os católicos (50%): 50% a 26%.

BERREIRO GOLPISTA
Amanhã, Brasília, Rio e outras cidades serão tomadas pelo berreiro golpista, que vão reunir evangélicos e extremistas da direita. De olho nos números acima, vocês acham que Bolsonaro consegue melhorar de forma substancial a sua situação entre os mais pobres, os que recebem programas sociais, os pretos/mulatos, as mulheres e os nordestinos?

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