Israel foi contra declarações de António Guterres sobre escalada da tensão no Oriente Médio
Por Ana Gabriela Sales, compartilhado de GGN
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne, nesta quarta-feira (2), para discutir a crise no Oriente Médio, após ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarar o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” e bani-lo do país.
A ação tem como pano de fundo a declaração de Guterres sobre o ataque com mísseis balísticos do Irã contra Israel, coordenado na terça-feira (1). Segundo os israelenses, o chefe da ONU não reagiu contra os iranianos como era esperado.
“Qualquer um que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irã a Israel não merece pisar em solo israelense“, disse Katz. “Este é um Secretário-Geral anti-Israel que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos“, completou.
No X, Guterres afirmou que condenava o aumento da tensão na região. “Condeno a ampliação do conflito no Oriente Médio com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, escreveu.
Ataques
Ontem, o Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel, atingindo cidades como Tel Aviv e Jerusalém. O ataque, de maneira geral, foi interceptado pelos sistemas de defesa de Israel.
Em meio a tensão, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a ação iraniana foi um “grande erro” e afirmou que o Irã irá “pagar” pelo ataque.
Já o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Irã, General Mohammad Bagheri, disse que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica está preparado para repetir seu ataque de mísseis com “intensidade multiplicada” se Israel retaliar em seu território.
“Se o regime sionista, que enlouqueceu, não for contido pela América e pela Europa e pretende continuar com tais crimes, ou fazer qualquer coisa contra nossa soberania ou integridade territorial, a operação [de terça-feira] será repetida com magnitude muito maior e atingiremos toda a sua infraestrutura”, disse Bagheri.
Com informações do Haaretz e Al Jazeera