A escalada das hostilidades ganha força com a entrada do Exército de Israel no território palestino
POR THIAGO SCORVO, COMPARTILHADO DA REVISTA FÓRUM
O conflito entre Israel e o grupo Hamas atingiu um novo patamar neste sábado (28), com o anúncio do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que o Exército de Israel havia entrado em Gaza como parte do “segundo estágio da guerra”. A ação militar foi anunciada em meio a uma escalada de violência na região, que já dura vários dias.
Netanyahu deixou claro que a principal meta dessa operação era destruir as capacidades do Hamas e garantir o retorno dos cidadãos israelenses à segurança. Ele também enfatizou que essa guerra seria “longa e difícil”. A decisão de enviar tropas terrestres para Gaza marca uma escalada significativa do conflito, que até então havia sido marcado por ataques aéreos e bombardeios.
As Forças de Defesa de Israel confirmaram a incursão no território palestino, relatando que a operação ocorreu durante a noite de sexta-feira (27), logo após o que eles chamaram de dois “ataques direcionados” nos dias anteriores. A entrada das tropas terrestres em Gaza levanta preocupações sobre a escalada das hostilidades e suas implicações humanitárias.
Crimes contra a humanidade
As alegações de crimes contra a humanidade, feitas por organizações internacionais e observadores independentes, foram rejeitadas por Netanyahu, que as classificou como hipócritas. Ele argumentou que Israel havia instado a população civil a buscar áreas seguras, mas o Hamas estaria usando a população civil como escudo humano, tornando a situação ainda mais complexa.
Netanyahu deixou claro que a prioridade era a segurança dos reféns israelenses, prometendo fazer “absolutamente tudo” para garantir o retorno desses cidadãos às suas famílias. Além disso, ele enfatizou que o objetivo de Israel era “destruir o inimigo” e assegurar que o Hamas não exista mais em seu país.
Protestos pedem fim do genocídio em Gaza
Milhares de pessoas em diversas cidades do mundo saíram às ruas neste sábado (28) para pedir o fim do genocídio em Gaza e pressionar o estado sionista de Israel a realizar, ao menos, uma trégua nos ataques ao povo palestino.
Na noite desta sexta-feira (27), antes dos protestos se espalharem pelo mundo, um grupo de mais de 300 judeus antissionistas foi detido após realizar “a maior desobediência civil que a cidade de Nova York já viu em 20 anos” em ato pró-Palestina na grande estação central de trem.
Imagens impressionantes mostram mais de 100 mil pessoas caminhando pelas ruas de Londres com bandeiras da Palestina e cartazes pedindo o fim do genocídio em Gaza.
Em Istambul, na Turquia, uma multidão semelhante empunhou milhares de bandeiras vermelhas do país juntamente com as bandeiras palestinas.
Nas redes, há ainda registros de atos realizados em Islamabad, no Paquistão, Glasgow, na Escócia, Jacarta, na Indonésia e Kuala Lumpur, na Malásia.
Os manifestantes divulgam tags como #StopGenocideInGaza, #CeaseFireInGaza e #FreePalestine. No Brasil, os ativistas pela paz na região estão divulgando “GENOCIDE IN GAZA”.