Israel matou ao menos 207 funcionários da ONU e destruiu 80% de Gaza desde outubro

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Exército israelense reduz áreas humanitárias do enclave; novo bombardeio fere oito pessoas, incluindo uma criança, no Líbano

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Os ataques israelenses na Faixa de Gaza já mataram mais de 207 funcionários voluntários da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) da ONU, e destruíram 80% dos edifícios da região desde outubro do ano passado.

As informações foram confirmadas na conta da agência das Nações Unidas no X (Twitter) na segunda-feira (19/08), data que marca o Dia Mundial Humanitário. A organização reiterou que os mortos eram de diversas frentes de trabalho: “eram engenheiros, professores, trabalhadores da saúde”.

No último domingo (18/08), a Agência de Defesa Civil de Gaza também confirmou a morte de 82 de seus voluntários, além de outros 720 feridos.

Escolas, hospitais e outros abrigos para refugiados palestinos têm sido alvo incessante do exército de Israel desde o início da guerra. Até o momento, foram mais de 40 mil mortos — entre eles, mais de 16 mil crianças —, 92 mil feridos e 11 mil desaparecidos.

Twitter/United Nations
Os ataques israelenses na Faixa de Gaza já mataram mais de 207 funcionários voluntários da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), e destruíram 80% dos edifícios da região desde outubro de 2023
Destruição de Gaza

Desde o início do genocídio palestino 7 de outubro de 2023, cerca de 80% dos edifícios na Faixa de Gaza foram destruídos por ataques israelenses, ainda segundo estimativas da ONU. A declaração foi dada por Abdallah al-Dardari, assessor do Secretariado-Geral da agência.

Segundo o oficial, entre os edifícios destruídos estão também aqueles construídos pela própria ONU, como a usina de dessalinização de Khan Younis, com custo de obra de US$ 55 milhões (cerca de R$ 301 milhões).

O oficial, que também possui formação como economista e é diretor regional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), estima que as perdas materiais já alcançaram entre US$ 50 a US$ 60 bilhões, mas que não há como realizar uma perícia exata dos estragos e planejamento de reconstrução até que haja um cessar-fogo das ofensivas de Israel.

 “Não podemos esperar o dia após a batalha para começar a prover serviços essenciais ao povo palestino”, declarou al-Dardari.

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Além disso, Israel reduziu as zonas humanitárias a apenas 11% do território de Gaza. A informação foi confirmada pela UNRWA. “Milhares de famílias continuam a ser deslocadas em Gaza, à medida que as autoridades israelenses disseminam novas ordens de evacuação. As chamadas ‘zonas humanitárias’ encolheram para apenas 11% do enclave, causando caos e medo entre os deslocados”, declarou em nota a agência.

Bombardeio no Líbano

O movimento libanês Hezbollah afirmou que lançou várias rajadas de foguetes nesta terça-feira (20/08) contra posições do Exército de Israel nas Colinas de Golã anexadas, em retaliação aos bombardeios israelenses de segunda-feira (19/08) contra o Líbano.

Durante balanço preliminar, o Ministério da Saúde libanês informou que o ataque israelense deixou oito feridos, entre eles uma criança.

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O Exército de Israel confirmou que identificou 55 projéteis disparados do Líbano, sem feridos.

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