Sionistas invadem territórios da Síria pela primeira vez desde os anos 1970; forças pró-EUA e pró-Turquia trocam tiros e bombardeios
Por Yuri Ferreira, compartilhado de Fórum
Neste domingo (8), Israel invadiu a região síria do Monte Hermon e a cidade de Qaddah, além de bombardear diferentes regiões do país, inclusive a capital Damasco.
Com a confirmação da queda do governo de Bashar al-Assad no fim de semana, tropas e tanques israelenses iniciaram uma ofensiva em território sírio.
Em declarações à imprensa, Benjamin Netanyahu afirmou que a queda do governo Assad “é o resultado direto dos golpes que infligimos ao Irã e ao Hezbollah, os principais apoiadores de Assad. Isso desencadeou uma reação em cadeia em todo o Oriente Médio, fortalecendo aqueles que buscam a liberdade desse regime opressivo”.
Ironicamente, os que celebram a “liberdade” são os membros Hayat Tahrir al-Sham (HTS), antigo braço da al-Qaeda na Síria internacionalmente reconhecido como grupo terrorista, que tomaram Damasco.
Com a queda do antigo regime, Israel quebrou os acordos feitos após a Guerra do Yom Kippur, em 1973, que criaram uma zona tampão entre a região das Colinas de Golan, ilegalmente ocupada por Israel desde a guerra dos Seis Dias, em 1967, e a Síria.
Israel anunciou que a operação é de proteção para “garantir a segurança” do território atualmente ocupado pelas forças sionistas. Agora, eles avançam para dominar mais partes do território sírio.
Guerra continuada
Além dos avanços israelenses no Sul, o norte do país tem visto conflitos entre as Forças Democráticas Sírias (FDS) e o novo regime islamista do HTS. Simultaneamente, o exército turco também tem bombardeado alvos curdos.
A leste do país, confrontos entre tropas estadunidenses e o auto-intitulado Estado Islâmico do Levante (EIIL), e, a oeste, há conflitos entre forças pró-Assad em Latakia, e os terroristas do HTS, apoiados pela Turquia.