Bom dia, é você, juiz?
— Pois não, quem fala?
— Não reconhece minha voz?
— (breve gaguejada) A… a… sim, como vai o senhor?
— Eu é que pergunto… o que você está fazendo?
— Como assim, deputa… presi… doutor?
— Porra, já passou da hora de me prender, caceta! Vocês estão com a cabeça aonde? Isso está pegando mal demais. Vou acabar levando porrada no meio da rua. Um dia desses, levei uma coça no aeroporto… de uma velha, caralho!!!
— Então, o que o senhor quer…
— Quero, uma vírgula, estou mandando. Me prende logo. Não vai dar em nada mesmo. Assim fico protegido e, quando sair, vou exercer minha dupla nacionalidade. Junto com a família. Família é tudo! Sem algemas, OK? E sem aquele mané japonês! Ano que vem, você e a família passam uns dias lá em casa, na Itália. Lembra que eu tenho dupla nacionalidade?