Carlos Eduardo Alves, Facebook –
1 – Nenhuma novidade. Alguém algum dia acreditou que o brasileiro do ano teria chancela da população (tirando a extrema direita paneleira)? Aliás, o campo do levantamento foi feito antes da revelação de parte da delação da Odebrecht. Feita hoje, atestaria que conseguiria menos apoio ainda.
2 – A pesquisa não acelerá a queda do brasileiro do ano, infelizmente. Ele está lá para fazer o serviço sujo, ou seja, assinar a PEC assassina de direitos e, se der, acabar com a seguridade social. É o que quer o mercado pagador e seus políticos infames.
3 – Não haverá nenhum desembarque dos meios de comunicação enquanto a PEC e a tentativa de matar a Previdência não forem concluídas. Um estrebucho aqui, outro ali, mas nada além disso. Prova é a campanha diária do JN pela aprovação do assassinato da seguridade social.
4 – O inacreditavelmente triste é que esse bando que assaltou o poder vai emplacar, já na terça-feira uma PEC que condiciona o futuro do país nos próximos 20 anos. Corruptos chantageiam mas não se rendem.
5 – O calendário conta a favor dos golpistas. Dezembro não favorece mobilizações. É tempo de ser fofo e bonzinho. Mas não se descarta que o brasileiro do ano seja alvejado pelas ruas em 2017. E, ao contrário do que se diz, seria sim possível eleição direta em 17. Basta que uma emenda seja aprovada e referendada pelo STF. E o STF, sabemos, tem coluna flexível.
6 – Embora seja criminosa, não deve ser a PEC dos direitos que enterrará o golpismo. É a Previdência, que tem efeitos imediatos na vida do cidadão. Não à toa, é nela que o discurso do mercado é priorizado.
7 – Mesmo a pesquisa revelando o óbvio, está dando tudo errado para o brasileiro do ano e seus políticos velhacos. A rapaziada de Curitiba terá que produzir nos próximos dias algum fato novo para mexer no noticiário. Saem PMDB e PSDB, este só entrou um tiquinho até agora, é verdade, e voltam PT e Lula.
8 – Tá difícil ser fofo e bonzinho.
9 – Diretas ontem.