Por Washington Luiz de Araújo, jornalista –
Como um grande e leal amigo que desapareceu pelo mundão, o qual não tínhamos notícia se estava vivo, mas que aparece para alegrar nossas vidas, ressurge o Jornal do Brasil impresso. Mesmo ressabiado com o jornalismo da chamada grande imprensa, comemoro a chegada do JB redivivo.
Sei que é bem mais fácil para esta imprensa atual dizer amém e receber publicidade oficial golpista do que ser honesta e falar o que deve ser falado, como escola de samba Paraíso do Tuití, mas, olhando os nomes dos que participarão da nova empreitada, me vem Suassuna à cabeça: não quero ser tolo feito um otimista, nem chato como um pessimista, mas um realista esperançoso.
Ziraldo, Teresa Cruvinel, Hildegard Angel, Marcelo Auler e Romildo Guerreante, entre outros, me dão esperança de um jornalismo decente. Decência que se perdeu no tempo graças a muitos que vendem seus nomes fazendo o que um profissional sério jamais deveria fazer: mentir. Opiniões contrárias que venham, pois nos fazem pensar. O contraditório é o tempero do bom jornalismo, mas que não me venham com sabujice.
Que este amigo até então desaparecido volte com toda a honestidade, envelhecido, calejado pelo tempo, mas sincero. Acho que não é pedir muito. Se voltar desta forma, preencherá um espaço há muito vazio na chamada velha imprensa. Vida longa ao JB, mas que a nova vida honre as anterior, sendo decente.