Joias de Michelle repercutem na mídia mundial

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As joias da ditadura petrolífera da Arábia Saudita dadas de presentinho – ou melhor, de propina – para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro já repercutem na imprensa internacional. O fascista nativo, tratado há muito tempo como pária pela comunidade mundial, agora é visto também como um corrupto ambicioso, um bandidaço.

Por Altamiro Borges, compartilhado de Construir Resistência




A agência de notícias Associated Press distribuiu matéria para mais de 3 mil veículos no planeta colocando o líder da extrema-direita brasileira na retranca. “O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, diz que não fez nada ilegal após os relatos de que tentou trazer joias no valor de mais de 3 milhões de euros para o país em 2021 sem declarar às autoridades”. O despacho foi destaque, por exemplo, no jornal estadunidense Washington Post.
Já a agência Reuters também repercutiu as inúmeras negativas do fascista, totalmente acuado. “Bolsonaro nega ‘atos ilegais’ sobre joias sauditas; Governo Lula promete investigação”. Em outra matéria, a Reuters aborda a participação do ex-presidente brasileiro na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), uma organização de extrema-direita liderada pelo terrorista ianque Donald Trump.

Entre os impressos, o assunto foi destaque na Europa. O jornal espanhol El País enfatizou o “contrabando” de joias oferecidas pela Arábia Saudita e registrou. “O ex-presidente implicou três ministérios na recuperação do colar e dos brincos de diamantes, avaliados em 3 milhões de euros”. Já o diário Público de Portugal realçou que o “governo de Bolsonaro tentou levar ilegalmente para o Brasil joias sauditas para a primeira-dama”.

Em nosso continente, os jornais da Argentina foram os que mais tripudiaram. O diário Clarín acusou Jair Bolsonaro de tentar introduzir ilegalmente joias de mais de US$ 3 milhões no Brasil. “Eles foram um presente do governo da Arábia Saudita para sua esposa. Eles foram retidos pelo Tesouro, e há suspeitas de suborno. O ex-presidente disse que ‘não há ilegalidade’”. Já o Página 12 debochou da negativa do fascista: “Bolsonaro nega qualquer ‘ilegalidade’ nas joias doadas pela Arábia Saudita”.

Altamiro Borges é jornalista, coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e editor do Blog do Miro

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