Todos os jornalões brasileiros passam pano para a decisão do anarcocapitalista Javier Milei de esculhambar com a reunião e a declaração final da reunião do G20. Todos.
Por Simão Zygband, compartilhado de seu Blog
Por Moisés Mendes
Eles ignoram a afronta do argentino às decisões de consenso sobre clima, igualdade de gênero e a aliança global de combate à fome e à miséria. Apenas registram o que chamam de impasse.
Não há nos jornais de hoje um editorial, um só, que condene as atitudes desrespeitosas do fascistão com todos os outros governantes presentes no Rio.
Por quê? Porque Milei é o emissário de Trump. Os jornalões se acovardaram, não diante de Milei, mas diante do chefe dele.
Há nos jornais ataques à Janja, para que Elon Musk seja defendido.
Mas não há uma linha de opinião da grande mídia criticando a afronta do argentino, que decidiu assinar a declaração final com restrições.
O homem que mata idosos e crianças de fome assinou, sob pressão, uma declaração que dá prioridade ao combate à fome no mundo.
Globo, Folha e Estadão têm seis editoriais. Nenhum enfrenta o presidente argentino, que virou preposto do líder mundial da extrema direita e ontem atacou Lula dentro do Brasil, reproduzindo nas redes sociais conteúdo ofensivo ao presidente que o recebeu.
Janja foi, segundo a Folha, o maior problema da reunião dos líderes mundiais. Só na ditadura os jornalões foram tão subservientes e covardes.
Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.Share