Publicado no Jornal GGN –
Jornalistas do Valor Econômico se queixam de uma ordem determinada pela direção da redação de Brasília para ignorar atos da presidente afastada Dilma Rousseff, exceto quando as notícias forem negativas para a presidente. As informações são do Diário do Centro do Mundo.
Ainda de acordo com o site, a ordem é que os jornalistas abram espaço no veículo para todas as notícias relacionadas ao governo interino de Michel Temer, com exceções de suas relações com Eduardo Cunha. Leia mais abaixo:
Enviado por Gilberto Cruvinel
Do Diário do Centro do Mundo
Jornalistas do Valor se queixam de ‘pressões’ da direção para falar mal de Dilma
Um amigo do DCM com boas conexões em Brasília enviou o texto abaixo:
A direção de redação de Brasília do jornal Valor Econômico baixou uma ordem aos seus repórteres: ignorar qualquer ato ou palavra da presidenta afastada Dilma Rousseff. Exceto, quando a notícia seja negativa, ainda que mentirosa. (O Valor é uma sociedade entre a Globo e a Folha.)
Isso significa veto a qualquer apuração para se comprovar a veracidade ou a mentira de informações produzidas pela turma de oportunistas que se aproveitou do golpe para chegar ao poder. Um exemplo é a manipulação dos números que deram origem ao anúncio do “rombo” de R$ 170 bilhões nos cofres públicos anunciado pelo ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles. Não é apenas censura nos mesmos moldes da ditadura – é proibir os jornalistas de pensarem e questionarem o que está sendo feito.
Exemplo concreto é o silêncio imposto nas reportagens e análises sobre o fato de o novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ser um dos maiores acionistas do Banco Itaú – um dos que mais ganham com os juros da dívida pública.
O jornal impõe o que interessa aos endinheirados e seus representantes: os gastos sociais (Saúde, Educação, Bolsa Família etc.) são altos demais – e precisam ser cortados, para preservar a fortuna diária que vaza para os cofres do setor financeiro
A ordem é abrir espaços no jornal para toda e qualquer notícia relacionada ao presidente provisório Michel Temer. Exceto, é claro, quando ele é relacionado com um dos mentores do golpe, Eduardo Cunha.