Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem Blogado –
Juarez Soares. No início de 2000, colaborava com ex-jogadores de futebol na Cooperativa Craques de Sempre, que dava aulas de futebol à crianças carentes. E lá surgiu a ideia de se fazer um programa esportivo com jogadores que já tinham pendurado as chuteiras. O nome de Juarez Soares veio naturalmente para ser o âncora do programa.
Localizei o telefone e liguei para o China. De pronto, aceitou conversar sobre o assunto no tradicional Bar Valadares, na Lapa, a poucos metros de onde residia. A única condição: “Leva o Coutinho que eu quero vê-lo”.
Cheguei um pouco antes no bar, que estava vazio por volta das 13 horas, e ele já estava lá, batendo papo com os garçons.
Ficamos ali, jogando conversa fora, falando de outro assunto que ele muito gostava: política. Homem de esquerda que era.
De olho na rua Faustolo, torcendo para que Coutinho não atrasasse muito.
De repente, ligado no movimento, Juarez levanta o tom de voz e afirma: “Lá vem o maior centroavante que eu já vi jogar em toda a minha vida. Vamos reverenciá-lo”.
Assim, Coutinho adentrou o Valadares, com os garçons o cumprimentando em fila e Juarez com um sorriso daqueles que lhe fechava mais os olhos.
Rolou mutia cerveja, Juarez topou de cara fazer o programa. No entanto, devido questões alheias à nossa vontade, não o efetivamos.
ficou na memória aquela tarde maravilhosa. Vai lá, Juarez, dá mais uma abração no Coutinho. Desta vez ele é quem vai abrir as portas para você.